Nosso objetivo é provocar as pessoas sobre a necessidade de ampliar a visão e conexão com a natureza e a nossa cultura, além de exigir dos governantes do país políticas públicas urgentes de proteção da Amazônia.
O objetivo é provocar as pessoas sobre a necessidade de ampliar a nossa visão e conexão com a natureza e a nossa cultura, além de exigir dos governantes do país políticas públicas urgentes de proteção da Amazônia.
Vai acontecer simultaneamente nas 7 capitais do sul e sudeste do Brasil durante os meses de junho a outubro de 2022.
Além dos circuitos urbanos estão previstas atividades de sensibilização, distribuição de materiais, oficinas temáticas, eventos artísticos e culturais, entre outros.
Para saber mais, acompanhe a agenda pública da campanha e siga o perfil @amazoniapassaqui no Instagram e Facebook.
Cidades que estão participando:
São Paulo (SP), Curitiba (PR), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Florianópolis (SC).
Vai acontecer simultaneamente nas 7 capitais do sul e sudeste do Brasil durante os meses de junho a outubro de 2022.
Além dos circuitos urbanos estão previstas atividades de sensibilização, distribuição de materiais, oficinas temáticas, eventos artísticos e culturais, entre outros.
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Cidades que estão participando:
Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS)
05 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente
17 de julho: Dia de Proteção às Florestas (Lançamento da campanha)
09 de agosto: Dia Internacional dos Povos Indígenas
05 de setembro: Dia da Amazônia (atividades nos dias 03 e 04/09)
22 de setembro: Dia Mundial sem Carro
Circuito rios, asfalto, arte e histórias
Caminhos urbanos por rios e nascentes soterrados, arte urbana, cultura e comunidades com seus saberes ancestrais
Você encontra o roteiro também no Strava e Relive.
A Rotas dos Rios transita por pontos que se encontram com os 3 rios de São Paulo: o Rio Verde, o Rio Sumaré e o Água Preta. As nascentes desses rios estão localizadas na Zona Oeste de São Paulo e ao longo do curso há diversos locais possíveis de visitação e parada para bate-papos rápidos e reflexão sobre o processo de urbanização da cidade.
1 – Praça dos Arcos
Local: Av. Paulista, 2678
A rota começa na Praça dos Arcos, final da Av. Paulista. A Paulista é um símbolo da cidade. Um dos lugares mais altos de SP conhecido também como espigão. Por isso escolhemos sair de lá e descer para os vales onde se encontram os rios de SP.
2- Mirante de Sumaré
Local: Av. Dr. Arnaldo S/N
Pela Av. Dr Arnaldo, no Mirante Sumaré é possível ver a Serra da Cantareira quando se olha para a parte norte da cidade e a Serra do Mar ao Sul. Interessante que a ponte só passou a ser necessária pois no processo de abertura da avenida e da construção do metrô, o morro que é parte do espigão que foi rebaixado ao nível do que hoje é o final da Avenida Sumaré e início da Av. Paulo VI. No mirante é possível fazer Rapel e Pêndulo com grupos que atuam ali.
3- Memorial Marina Harkot
Local: Av. Paulo VI próximo à Av Lisboa
Um dos problemas dos soterramentos dos rios transformados em grandes avenidas é que as rotas por onde passam são também caminhos que ciclistas preferem utilizar por serem mais planos. Em 2020 a Cicloativista Marina Harkot foi vítima do violento trânsito da Cidade. No local foram plantadas árvores frutíferas por amigos e ciclistas admiradores de Marina. Próximo à região onde nasce o Rio Verde e o Rio Sumaré.
4 – Nossa Senhora da Composteira
Local: Av. Pompéia, 2664
A Praça Nossa Senhora da Composteira é mantida por um coletivo com o mesmo nome. Semanalmente há intervenções e atividades que buscam conscientizar sobre formas mais limpas de descartar o lixo orgânico gerado no dia a dia.
5 – Praça da Nascente
Local: R. André Casado, 403
A Praça da Nascente abriga diversas nascentes e tem recebido a atenção e intervenção de vários coletivos que atuam em defesa das águas de São Paulo. Na praça tem um mirante de onde é possível observar toda a zona noroeste da cidade até o pico do Jaraguá. Próximo ao Pico do Jaraguá está localizada a reserva Tekoas, que são as aldeias indígenas do povo guarani, e que formam a menor reserva indígena do Brasil.
6 – Cerrado Infinito
Local: R. André Casado, 403
Cerrado Infinito é um experimento de recriação de uma paisagem de cerrado dentro de uma área urbana pública. Uma forma de rememorar a natureza da capital paulista. Um refúgio para plantas extintas ao longo do desenvolvimento da cidade. O projeto resgata, mapeando sobreviventes, coletando mudas e sementes para serem plantadas em conjunto, formando ao longo do tempo a visualidade dos extintos Campos de Piratininga, que eram um mar de colinas que alternava bosques de mata atlântica, araucárias e várzeas alagadas, com extensos campos cerrados.
7 – Nascente do Rio Água preta
Local: R. Salto Grande
Ainda nos arredores da praça da nascente, no escadão da R. Salto Grande encontra-se a fio d’água responsável pelo Rio Agua Preta! O rio corta todo o bairro da Pompéia/Vila Anglo e segue enterrado até o Sesc Pompeia! O caminho do rio abriga becos e vielas e também é percurso do bloco carnavalesco com o mesmo nome.
8 – Travessa Roque Adóglio
Local: Travessa Roque Adóglio
Na Travessa, curso do Rio Água Preta, há diversas intervenções artísticas feitas por coletivos da região! Dentre as instalações destaca-se o lago com águas cristalinas, que brota ali mesmo, e o peixe de pvc, já na saída da viela.
9 – SESC POMPEIA
Local: R. Clélia, 93 – Água Branca
No Sesc você pode visitar as exposições em cartaz e participar das atividades da unidade.
Confira a programação em https://www.sescsp.org.br/unidades/pompeia
ROTEIRO A PÉ:
Saindo da Praça do Arcos, na Avenida Paulista nº 2678, siga pela Avenida Dr. Arnaldo até o Mirante do Sumaré. Dali, faça o retorno pela Rua Oscar Freire em direção à Av. Sumaré para o Memorial Marina Harkot.
De lá, desça pela R. Patapio e siga pela R. Abegoária até a Nicolau Bandeira, vire à esquerda e siga para a Av. Heitor Penteado. Na Heitor vire à direita na Av. Pompéia e siga até a Praça da Nossa Senhora da Composteira, que fica na altura nº 2664 da Av. Pompéia. Empurre sobre a rua para a Praça da Nascente. Lá pode se encontrar o laguinho artificial feito de águas que brotam na praça e a intervenção do projeto “Cerrado Infinito“.
Siga para o final da praça, na junção com a R. Salto Grande, onde está localizado o escadão com a Nascente do Rio Água Preta. Siga na R. Dr. André Casado e vire à esquerda em direção a R. Havaí até o final. Na Avenida Pompéia, se mantenha à esquerda e no farol, entre na R. Estevam Barbosa. Depois, vire à direita na R. Eng. Francisco Azevedo e à esquerda na R. Pedro Lopes e siga na Travessa João Matias até a Praça Rio Campos. No caminho há bueiros em que é possível ouvir o rio.
Siga pela Rota de Bicicleta em direção a Travessa Roque Adóglio, Beco do Água Preta, atravesse a R. Dr. Miranda de Azevedo em direção a Viela Estevam Garcia. Siga para a R. Francisco Figueiredo Barreto até a R. Desembargador do Vale, direita na Desembargador e esquerda na Miranda de Azevedo em direção a R. Coriolano, pegue à direita na Coriolano e primeira esquerda na R. Mariquita de Toledo César e novamente à direita na Clélia. Termina na R. Barão do Bananal, no Sesc Pompeia.
Local de chegada: SESC Pompeia.
R. Clélia, 93 – Água Branca, São Paulo – SP, 05042-000
Sugestão de Volta:
O SESC Pompeia está a poucos metros da estação de trem Água Branca. Basta seguir na rua Clélia, e no encontro com a rua Palestra Itália, virar à esquerda para a Av. Francisco Matarazzo. Pouco a frente, entre na Av. Santa Maria até chegar na estação.
Você encontra o roteiro também no Strava.
A rota de São Miguel Paulista visita locais que contam a história da formação de São Paulo. Desde as comunidades indígenas pré e pós a chegada dos portugueses, passando pelo processo de catequização católica até chegar em comuniadades descedentes de negros, indígenas e nordestinos. Um lugar com mata atlântica ainda nativa, parques urbanos, monumentos e comunidades de mulheres. O roteiro passa também por pontos que justificam a escolha por habitar esse lugar: o acesso à água. O Rio Tietê que outrora foi usado para locomoção, pesca e mais tarde como lazer, hoje, poluído é apenas uma “barreira” ao desenvolvimento sem planejamento. As mulheres do GAU mostram que por meio da agricultura urbana e cultivo sustentável da terra ainda há como reverter os processos de degradação do meio ambiente.
1 – Capela São Miguel Arcanjo + Praça do Forró
Local: Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, 10 – São Miguel Paulista
Iniciamos esse pedal na Capela de São Miguel Arcanjo. A capela é referência para se falar da presença dos indígenas Guaianás na região próxima ao Rio Tietê na região leste de São Paulo. A Capela está sobre outro importante marco de fundação de São Miguel Paulista. A praça foi batizada com esse nome em homenagem aos migrantes nordestinos que se estabeleceram naquela região. A praça pode estar sobre um sítio arqueológico ainda não explorado.
2 – Mural de São Miguel Paulista
Local: R. Dr. José Arthur Nova, 111 – Parque Paulistano
O Mural de São Miguel Paulista conta toda a história do povoamento daquela região por meio de grafites feitos por artistas locais. Dos já citados povos Guaianás, passado pelo domínio português e católico ainda no século 16, até a imigração japonesa e migração nordestina, o muro da Nitro Química, conhecido assim por pertencer a uma grande fábrica, estampa imagens que chamam a atenção para questões ligadas ao meio ambiente e degradação da região.
3 – Ponte sobre o Rio Itaquera
Local: R. Dr. José Arthur Nova, 1034- Parque Paulistano
No processo de mapeamento foi difícil encontrar o nome desse rio. Apagado pelo processo urbanístico que esconde os rios e os transformam em avenidas, o Rio Itaquera é um importante afluente do Rio Tietê.
4 – Parque do Tietê
Local: Av. Eduardo Sabino de Oliveira, SN – Cidade Nitro Química
Com potencial de usos do rio para o esporte lazer e contemplação da natureza caso ele estivesse limpo, o Parque do Tiête forma junto com o Parque das Nascentes do Tietê o maior parque linear do mundo, com cerca de 75 km. Um dos poucos pontos onde a várzea do rio é respeitada.
5 – Rio Tietê
Local: Via Parque, SN
O Rio Tietê é o rio mais importante de São Paulo. No passado, quando ainda não havia o trem e as estradas, era usado como rota para transporte. Também foi importante rio para práticas de lazer, abrigando em suas margens parques e clubes esportivos.
6 – Parque Jacuí
Local: Via Parque, SN, São Paulo – SP
Endereço do parque: R. Catleias, 911, Vila Jacuí, União de Vila Nova
O Parque Jacuí, inaugurado em 2010, foi o primeiro complexo de esporte e lazer entregue no âmbito do Projeto Parque Várzeas do Tietê com compensação ambiental dos impactos das obras do Rodoanel. O projeto prevê que o parque seja também núcleo de educação ambiental.
7 – Viveiro Escola Mulheres Do GAU
Local: R. Papiro-do-Egito, 938-990 – Jardim Nair
As Mulheres do GAU (Grupo de Agricultura Urbana) são migrantes nordestinas que trabalham como agricultoras no Viveiro Escola localizado na várzea do Rio Tietê, em São Miguel Paulista. Elas cultivam uma horta orgânica e também produzem alimentação saudável e natural, comidas vegetarianas/veganas com diferentes propostas, como o uso de PANC – Planta Alimentícia Não Convencional.
ROTEIRO A PÉ:
O roteiro inicia na Praça do Forró, em frente a Capela de São Miguel Arcanjo. Segue pela avenida Marechal Tito, e segue pela Rua Miguel ngelo Lapena ao cruzar a Rua Beraldo Marcondes. Segue pela direita na Rua Arlindo Colaço até a Avenida Dr. José Arthur Nova, onde está localizado o Mural de São Miguel Paulista. Do Mural continua pela Avenida Dr. José Artur Nova até cruzar a Avenida Bettino de Deo, onde está localizado o Rio Itaquera. Passando a Rua Pedroso Silva, vira à esquerda na Rua João Lopes Maciel até a entrada do Parque Tietê. Segue pela Via Parque beirando o Rio Tietê e após passar por baixo da ponte de Guarulhos, entra no Parque Jacuí. Segue por dentro do parque, passando pelas pistas de atletismo, quadras e espaços para lazer. Sai pela Rua Santa Maura e segue a direita pela Rua Papiro-do-Egito até a esquina da Rua Jacobina onde está localizado o Viveiro Escola Mulheres do GAU. Retorna pela Rua Papiro-do-Egito, Cruza a Rua Catléias em direção à Rua Rafael Zimbardi. Segue pela Rua Rafael Zimbardi até a estação de São Miguel Paulista.
Local de chegada: Estação São Miguel
Sugestão de Volta:
A Estação da CPTM São Miguel Paulista é uma ótima opção de retorno para casa. Se estiver de bicicleta basta seguir as orientações da CPTM e respeitar o horário de entrada da bici nos trens.
1 – Museu de Arte de São Paulo- MASP
Local: Av. Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01310-200
A rota começa MASP, na Avenida Paulista, local onde nascem os braços de água que desaguam no Rio Tamanduateí.
2- Mirante 9 de julho
Local: R. Carlos Comenale, s/n – Bela Vista, São Paulo – SP, 01332-030
No Mirante 9 de julho pode-se observar um dos braços do Rio Saracura, responsável por esculpir um vale por onde passa a Avenida 9 de julho.
3- Mirante da Alameda Ribeirão Preto
Local: Alameda Ribeirão Preto, 548 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01331-001
Desse mirante pode se ver uma das nascentes mais perceptíveis do Rio Saracura.
4 -Beco da Rua Garcia Fernandes
Local: R. Garcia Fernandes X R. Dr. Seng, 315 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01331-020
Esse é um dos locais de insurgência do Rio Saracura, onde é possível ouvir o curso de água passando pelos bueiros. Na mata que ali se localiza está umas das nascentes do rio, que desemboca no Rio Tietê.
5 – Vale do Rio Saracura na Praça da Rua Rocha
Local: R. Rocha, 463 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01330-000
No entroncamento da Rua Rocha com a Rua Almirante Marques Leão, encontram-se dois braços do Rio Saracura. Seu leito principal corre pela Rua Cardeal Leme, que até a década de 1980 não existia.
6 – Morro dos Ingleses
Local: R. Carrão x Rua Almirante Marques Leão x. Veloso Guerra – Bela Vista, São Paulo – SP, 01330-030
Uma característica dessa região é a quantidade de pequenas nascentes de água que brotam até dentro dos imóveis que ocupam o barranco.
7- Rio Bixiga
Local: Praça Dom Orione – R. Fortaleza, 201 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01325-010
Além do Rio Saracura, a região é cortada pelo Rio Bixiga, que empresta o seu nome como um apelido para o bairro da Bela Vista. A nascente é na região da Rua Brigadeiro Luiz Antônio. Esse rio segue canalizado até o vale do Anhangabaú.
8- Rio Bixiga- Futura Estação Bela Vista
Local: R. Rui Barbosa, 655 x Rua Pedroso- Bela Vista, São Paulo – SP, 01326-010
O indicador do curso do Rio Bixiga se dá pelo som nos bueiros. As águas seguem pela Travessa dos Arquitetos, traçado original do rio.
9- Parque do Bixiga x Teatro Oficina
Local: R. Jaceguai, 520 – Bixiga, São Paulo – SP, 01315-010
No terreno vizinho ao Teatro Oficina, hoje usado como estacionamento, há um terreno em disputa entre os moradores do Bixiga e um grupo de empreiteiras. Os moradores há anos reivindicam que no espaço seja feito o Parque do Bixiga.
10 – Praça da Bandeira, Terminal Bandeira e Vale do Anhangabaú
Local: Passarela do Terminal Bandeira
O Encontro dos rios Itororó, Bixiga e Saracura, que formam o rio Anhangabaú. No Vale do Anhangabaú há o emblemático Viaduto do Chá, que foi a primeira investida de expansão da cidade sobre os rios.
11 – Mural Mundano
Local: R. Capitão-Mor Jerônimo Leitão, 97 – Centro Histórico de São Paulo, São Paulo – SP, 01032-020
Mural do Artista Mundano, que foi produzido com cinzas das queimadas da floresta amazônica.
12 – Rio Tamanduateí
Local: Av. do Estado, 2966
O Rio Tamanduateí é corta a Região Metropolitana de São Paulo e nessa região recebe as águas do Rio Anhangabaú, águas que nascem desde a Av. Paulista. Uma curiosidade é que o regime das chuvas dessa região é influenciado pelas águas da Amazônia que viajam até essa região através do que conhece-se como rios voadores.
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Rota Principal – Rio Belém & A Ciclovia Mais Bonita da Cidade
kur yt yba – ‘grande quantidade de pinheiros, pinheiral’
Trajeto ideal para caminhar e pedalar em família. Nesse percurso, que margeia o Rio Belém em grande parte, está uma das ciclovias mais antigas do Brasil, como uma (boa) alternativa ao baixo interesse de exploração imobiliária justamente por ter que lidar com o rio.
Curitiba é mesmo uma linda cidade porém, é também refém de sua história. Por ainda ser referência em planejamento urbano, atualmente está defasada num transporte coletivo que é o mais caro do Brasil. Mesmo com fama de ser ecológica, também não valoriza suas árvores e praças, que geralmente cedem espaço a mais asfalto e à velocidade para os carros.
Mas esse percurso é bem tranquilo. Você encontrará (pequenos) bolsões verdes e algumas araucárias. Conte quantas você consegue identificar. A araucária é uma planta nativa, situada em nossa flora ambrofila mista, de condição úmida e fria. Detentora do equilíbrio da flora e fauna local, ela é protegida por lei e não pode ser derrubada. Nesta rota bem arborizada, o passeio será tranquilo, com média de velocidade baixa e moderada.
1 – Praça de Bolso de Ciclistas
Local: R. São Francisco x R. Presidente Faria – Centro
Descrição: Inaugurada em 2012 depois da construção colaborativa feita pelos próprios ciclistas. Ela é o ponto de partida de todos destinos das rotas Amazônia Passa Aqui Curitiba
2 – Passeio Público
Local: R. Presidente Carlos Cavalcanti s/n x R. Presidente Faria – Centro
Descrição: Construído em 1886 para delimitar um grande charco, característica essa de vários pontos da cidade. Ali há diversas espécies de aves em viveiros e livres, além de uma resistente feira de orgânicos que acontece aos sábados. É ideal para visitar a pé, embora edições natalinas recentes permitam apenas carros para ver a decoração de luzes do local.
Ponte de acesso à ciclovia sobre o Rio Belém decorada com lambrequins, típica decoração das casas mais antigas e nos bairros. Sob a pequena ponte, dá pra sentir o hálito da cidade e do rio que tem nascente e foz na chamada cidade ecológica.
3 – Praça Nossa Senhora de Salette ou Bosque de Sofia
Local: Av. Cândido de Abreu, 1039 – Centro Cívico
Descrição: Lugar de ocupações espontâneas e artísticas com jardinagem libertária e MOBs. Ali está enterrada a carcaça de um carro fusca, a fim que seja feito o cultivo por um veículo melhor, segundo a performance FuckUndor do Coletivo Interlux, 2010.
4 – Bosque Papa João Paulo II
Local: R. Wellington de Oliveira Viana, 33 – Centro Cívico
Descrição: Araucárias, árvores nativas da região, são resumidas a um quarteirão, uma das poucas áreas verdes do centro. Vale a visita por dentro da breve mata empurrando a bicicleta. Uma visita à nossa Mata Atlântica.
5 – Parque São Lourenço
Local: R. Mateus Leme, 4700 – São Lourenço
Descrição: Sua criação ocorreu após a enchente do Rio Belém, para contenção de águas. Em 2021 foi inaugurado no local o Memorial Paranista e o Jardim de Esculturas João Turin (1878-1949).
6 – MON – Museu Oscar Niemeyer
Local: R. Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico
Descrição: Popularmente chamado de o museu do olho. Ainda que inevitável a comparação, a forma do museu quer traduzir uma bailarina em movimento. Ela está desenhada nos azulejos da torre. A sua área verde soma-se à área do Bosque do Papa.
7 – Praça Seu Francisco
Local: R. Manoel Eufrásio – Juvevê
Descrição: Local de disputa judicial que nos últimos anos foi mantido por um morador da região. Na sua ausência, a disputa se acirrou e fez com que a comunidade continuasse o trabalho de suas ocupações e manutenção. Um exemplo de placemaking, como é a Praça de Bolso de Ciclistas. O local está muito agradável e recebendo intervenções.
8 – Praça de Bolso de Ciclistas
Local: R. São Francisco x R. Presidente Faria – Centro
Descrição: A Cinemateca, criada em 1975, se destaca como mantenedora da memória da produção artística Paranista. Na atual sede, inaugurada em 1998, vale acompanhar a programação. A capacidade das salas é de 100 pessoas e há ambientes para exposições e ações ao ar livre.
Ponto de partida para conhecer a nascente ou à foz do Rio Belém. Cada destino fica nos extremos da cidade.
Endereço: Rua Rolando Salin Zappa Mansur
Bairro: Cachoeira
Acesso: Gratuito, monitorado.
Da Praça de Bolso até o Zoológico tem aproximadamente 16 km. Trajeto predominantemente plano.
Praça de Bolso de Ciclistas: Inaugurada em 2012 depois da construção colaborativa feita pelos próprios ciclistas. Ela é o ponto de partida de todos os destinos das rotas Amazônia Passa Aqui Curitiba.
Mirante do Passaúna com vista para os últimos exemplares de mata nativa e para a represa do Passaúna, com área de 6.500.000 m2, que integra o sistema de abastecimento de água para a população de Curitiba.
Ótimo lugar para contemplar o Pôr do Sol.
Praça de Bolso de Ciclistas: Inaugurada em 2012 depois da construção colaborativa feita pelos próprios ciclistas. Ela é o ponto de partida de todos os destinos das rotas Amazônia Passa Aqui Curitiba
O Tanguá, nome indígena que significa “baía das conchas”, é um dos parques preferidos de quem visita Curitiba.
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Como ligar os pedais de Curitiba com a Amazônia?
História de Curitiba
Era uma região de floresta exuberante onde reinavam as araucárias. Os nativos tupi-guaranis que habitavam região referiam-se a ela como ‘kur yt yba’, o grande pinheiral. No início da Era Cristã, o Planalto Curitibano era habitado por povos ceramistas de tradição Itararé.
kur yt yba – ‘grande quantidade de pinheiros, pinheiral’.
Curitiba era tudo mato, agora é tudo concreto. O que podemos aprender com o presente sobre o futuro da Amazônia?
Parque Tanguá – significa “baía das conchas’’
Parque Tinguí – homenagem aos indígenas tinguis que habitavam a região
Parque Barigüi – “Barigui” significa “rio do fruto espinhoso”, em alusão às pinhas das araucárias nativas.
Bairro Bacacheri – significa “rio pequeno”
Parque Passauna – vem do “apahuna” que significa ‘’homem negro’’
Bairro Guabirotuba – “uba-irob” que significa “muita guabiroba”. Fruta típica dos campos e cerrados brasileiros, da mesma família da jabuticaba, jambo e pitanga.
Bairro Juvevê – derivação de Yubebã, que na língua tupi significa espinho chato ou rio do fruto espinhoso. O antigo rio da região era cercado por muitos juvevês (árvore espinhosa).
Por que os parques de Curitiba existem?
“Curitiba conseguiu transformar um grande problema em rota para o turismo. A cidade, no passado, era constantemente alagada em períodos chuvosos. A capital paranaense virou o jogo a seu favor e resolveu o problema investindo em parques e áreas verdes que ajudam no controle da cheia dos rios.” (trecho retirado na integra do google, mostrando a ” sacada” que eles tiveram).
Esses parques municipais são as únicas áreas verdes de Curitiba, os próprios moradores não percebem que só restaram poucos quarteirões do grande pinheiral que existia. A visão por satélite mostra que não restou mais nada dentro do perímetro urbano.
O Rio Belém é considerado essencialmente curitibano porque a nascente e foz estão dentro do município. Sua nascente está localizada no bairro Cachoeira e desagua nas cavas do rio Iguaçu no Boqueirão.
Sua extensão é de 20,4 km, 46 afluentes, destacando-se o Bigorrilho e o Ivo (Também canalizados).
O rio passou por vários processos antrópicos que alteraram sua fisiografia, bem como sua hidrodinâmica. Na década de 1930, teve sua extensão retificada onde um trecho do rio com 17,8 km passou a ter 7,2 km, no centro da cidade, área intensamente urbanizada, foi canalizado para dar espaço as construções.
O Rio Belém passa por 9 bairros.
1 – Bairro São Lourenço
2 – Bairro Jardim Botânico
3 – Bairro Fanny
4 – Vila das Torres, bairro Prado Velho
5 – Bairro Prado Velho
6 – Vila São Paulo, bairro Uberaba
7 – Bairro Barreirinha
8 – Bairro Centro Cívico
9 – Bairro Boqueirão
A AMAZÔNIA PASSA AQUI!
Circuito Manguezal Guanaanira
O caminho acompanha matas, rios, marés e áreas verdes de Mata Atlântica e de Manguezal!
1 – Praça de Jabour
Bairro: Jabour
Ponto de encontro para a realização em grupo do Circuito Guananira.
A praça possui quadra de futebol de campo e de areia, espaços para realização de musculação e atividades físicas e local com sombra, alguns bancos e mesa de concreto; propício para realização de rodas de conversa.
2 – Praça do Hi-fi
Bairro: Maria Ortiz
Primeiro ponto de apoio para certificar o conforto de quem estiver com criança. Praça pública com campo de futebol society, quadra de futsal, academia comunitária, pista de skate, ciclovia, circuito para caminhada e área de alimentação à noite.
*Praça em frente à Multivix: segundo ponto de apoio para certificar o conforto de quem estiver com criança.
3 – Galpão das Paneleiras de Goiabeiras
Bairro: Goiabeiras
Local onde é realizado a modelagem do barro em diversos formatos de panelas, a queima na fogueira e a tintura com galhos preparados da árvore nativa Mangue-Preto. O ofício das Paneleiras de Goiabeiras foi o primeiro bem cultural registrado, pelo Iphan, como Patrimônio Imaterial no Livro de Registro dos Saberes, em 2002; a técnica de cerâmica utilizada é reconhecida por estudos arqueológicos como legado cultural Tupi-guarani e Una.
A Associação das Paneleiras de Goiabeiras, junto à Secretaria Municipal de Cultura de Vitória, realiza anualmente a Festa das Paneleiras de Goiabeiras, com shows, exposição e venda de pratos de moqueca e de outras culinárias.
4 – Manguezal da Ufes
Bairro: Goiabeiras
O mangue é o próprio limite do contorno da Universidade, na maior parte do caminho há ciclovia e calçadas compartilhadas, passando por árvores frutíferas, pela Lagoa da Ufes (terceiro ponto de apoio para certificar o conforto de quem estiver com criança) e ladeando os prédios de alguns cursos. Saindo pela passagem Norte, por onde se acompanha a extensão do manguezal.
5 – Passarela da Ponte da Passagem
Bairro: Goiabeiras – Andorinhas
Local de luta histórica pelo direito à cidade, pois, após a mudança da rua original e reconstrução da estrutura da ponte, a construção seguiu um projeto que não previa passagem para pedestres e ciclistas, o que revoltou a população que há décadas atravessa o rio de barco ou a pé.
Também é um local de visual privilegiado do rio, do mangue, montes, nascer/pôr do Sol e da Lua, bom ponto para fotografias.
6 – Orla de Andorinhas
Bairro: Andorinhas
Ciclovia na orla do manguezal com visão ampla para o braço do rio Santa Maria da Vitória, que vem do município de Santa Maria de Jetibá e deságua na Praia de Camburi, em Vitória; há vários pontos para fotografia.
Próximo à Emef Izaura Marques da Silva, há uma área com cobertura e mesa de concreto (quarto ponto de apoio para certificar o conforto de quem estiver com criança), no muro dessa escola, o coletivo Mulheres Urbanas fará uma intervenção e abriu disponibilidade para a realização de um grafite pela Campanha.
Ao lado desta escola, está o Cajun (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Crianças e Adolescentes do município de Vitória) de Andorinhas, ambos possuem uma quadra coberta e espaços externos.
Mais à frente, na orla, há uma recém criada iniciativa de coleta de materiais recicláveis.
7 – Orla de Mangue Seco
Bairro: Joana d’Arc
É a sequência da mesma ciclovia, passa por lanchonete, sorveteria, uma pracinha com quatro mesas espaçadas de concreto e uma cobertura de 3x7m (muitas das vezes ocupada por carros estacionados), uma quadra coberta e com traves, continua seguindo na beira da maré, passa por uma quadra descoberta e sem traves e a ciclovia se encerra ao lado da Emef Professor Vercenílio da Silva Pascoal.
O local é bonito, repleto de espécies de aves e peixes e ao lado de uma área de duna, que, após intervenção do aterramento do mangue, está coberta de lama e repleta de plástico e outros materiais recicláveis descartados irregularmente.
8 – Rua da Feira de Joana d’Arc
Bairro: Joana d’Arc
A feira funciona às quintas-feiras de 14h às 20h e pode ser um ponto de alimentação no circuito.
9 – Parque Vale do Mulembá
Bairro: Joana d’Arc
Como destino do circuito, o Parque Natural Municipal é localizado em uma Área de Proteção Ambiental, a Vale do Mulembá, que envolve mata, nascentes, área de extração de barro e de pedra com lagoas e sítios arqueológicos. O Parque é um recanto sobrevivente e reflorestado da Mata Atlântica, conectado com o Parque da Fonte Grande que ocupa o maciço central da ilha de Vitória.
No parque, há estrutura de meliponário, guarda de segurança, parquinho para crianças, sala, auditório, área cultural, banheiros, bebedouros e cozinhas com geladeira. Há uma trilha para visita às jazidas de barro, de onde extraem o barro para a confecção das panelas de barro pelas paneleiras de Goiabeiras.
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Circuito da Guanabara
Expedição para redescobrir a Amazônia e a ocupação da região da Baía de Guanabara, um aterramento que conta muitas histórias da cidade
1 – EXPOSIÇÃO AMAZÔNIA DE SEBASTIÃO SALGADO
Local: Museu do Amanhã: Praça Mauá, 1 – Centro
Depois de passar longas temporadas na maior floresta do mundo, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado abre a exposição “Amazônia”, um relato imagético do contato do fotógrafo com doze comunidades indígenas isoladas, como o gigantesco Rio Amazonas e seus afluentes e de voos sobre a floresta tropical com suas fronteiras montanhosas mais áridas. A mostra conta com curadoria de Lélia Wanick Salgado e comporta um total de 205 fotografias inéditas no Brasil.
Saiba mais em: https://museudoamanha.org.br/pt-br/exposicao-amazonia-do-fotografo-sebastiao-salgado-no-museu-doa-amanha
2 – EXPOSIÇÃO CRÔNICAS CARIOCAS
Local: Museu de Arte do Rio: Praça Mauá, 5 – Centro
Descrição: A exposição busca demonstrar o Rio de Janeiro que está no imaginário coletivo. A montagem dá vida às histórias cotidianas, relações com a vizinhança, festas, encontros dos ônibus lotados e calçadas. Por trás daquilo que é exportado ao mundo, propõe-se narrar o Rio que se embeleza e finge não ver os subúrbios. Busca descrever um Rio que viu seus cinemas fecharem, suas linhas de ônibus deixarem de ligar as zonas Sul e Norte, mas que, ainda assim, nasce e renasce todos os dias.
Saiba mais em: https://museudeartedorio.org.br/noticias/cronicas-cariocas-mar-inaugura-principal-exposicao-de-2021-no-proximo-dia-25-de-setembro/
3 – MURAL ETNIAS – EDUARDO KOBRA
Local: Gamboa
Descrição: O mural de 3 mil metros quadrados “Todos somos um” é o maior grafite já realizado no planeta segundo o Guinness Book, livro dos recordes (2016) em homenagem às Olimpíadas realizadas no mesmo ano na cidade do Rio de Janeiro. Inspirado na mensagem de união transmitida pelos cinco anéis olímpicos, Kobra decidiu juntar os representantes de cinco tribos, uma de cada continente. Assim, os huli (Oceania), os mursi (África), os kayin (Ásia), os supi (Europa) e os tapajós (Américas) viraram protagonistas da colossal pintura, grande destaque da área do Boulevard Olímpico, fruto de uma pesquisa profunda sobre povos nativos ao redor do globo.
Saiba mais em: https://www.eduardokobra.com/
4 – GRAFITES E AZULEJOS NO DISTRITO DA ARTE – ARMAZÉM 5
Local: Armazém 5: Av. Rodrigues Alves, s/n – Santo Cristo
Descrição: São mais de 18 murais de grafite assinados por seis artistas da cena urbana, que desenvolvem o território do ponto de vista social e econômico, com destaque para imagens inspiradas nas telas de Debret, ao lado dos murais com azulejos pintados por alunos do ensino fundamental de escolas públicas cariocas, com mensagens sobre direitos humanos e cidadania. Os grafiteiros que assinam as obras são Afa, Airá “O Crespo”, Lya Alves, Gil Faria, Meton Joffily, Ràl Dozanime e Smile nas paredes do anexo do Armazém Utopia, no Boulevard Olímpico. O projeto é da Associação Inscrire, do artista francês Françoise Schein, comemorando os 200 anos da Missão Artística Francesa no Rio, porém a partir da visão e construção cariocas.
INSCRIRE é uma associação que trabalha com artistas e comunidades locais em todo o mundo para conceber e produzir obras de arte participativas e eventos artísticos que destacam os princípios dos direitos fundamentais, da diversidade e do patrimônio cultural. Ela o faz em um contexto globalizado marcado por profundas divisões sociais, econômicas e ambientais.
Saiba mais em: https://www.inscrire.com/pt/associacao/
5 – CAIS DO VALONGO E O BAOBÁ
Local: Av. Barão de Tefé – Saúde
Descrição: Esta é uma árvore histórica do continente africano que no candomblé é considerada a árvore da vida, sagrada, que nunca deve ser cortada ou arrancada. Também é conhecida como embondeiros, imbondeiros ou calabaceiras, foi trazida para o Brasil por africanos e são geralmente plantadas em locais específicos para o culto das religiões africanas. Este exemplar histórico está localizado no Cais do Valongo, na zona portuária, e ambos fazem parte do projeto Circuito de Herança Africana, criado pelo IPN – Instituto Pretos Novos, que desde 2016 promove educação patrimonial através de uma aula-passeio que fortalece a narrativa histórico-cultural do local. O percurso tem duração estimada de duas horas por pouco mais de 2 km, finalizada Instituto Pretos Novos – IPN.
Saiba mais em: https://pretosnovos.com.br/educativo/circuito-de-heranca-africana/
6 – JARDINS SUSPENSOS DO VALONGO
Local: R. Camerino – Centro
Descrição: Construído na encosta oeste do Morro da Conceição, foi projetado pelo arquiteto-paisagista Luis Rey e finalizado em 1906 para as obras de modernização promovidas pelo prefeito Pereira Passos. A obra recebeu a crítica de ter servido como política de apagamento da cultura afro-brasileira no local. Concebido como um jardim romântico destinado ao passeio da sociedade nos finais de tarde, ele continha terraço, passeios, arborização, combustores de gás, depósito de água para irrigação, canteiros e grama, jardim rústico, casa do guarda, depósito de ferramentas e até mesmo uma cascata artificial. Atualmente, organizações da sociedade civil ocupam duas edificações preservadas no local. Este trecho também faz parte do Circuito de Herança Africana, criado pelo IPN.
Saiba mais em: https://pretosnovos.com.br/educativo/circuito-de-heranca-africana/
7 – GRAFITES E LAMBES #CORPOMORADA
Local: 1ª Coordenadoria Regional de Educação: R. Edgard Gordilho, 63 – Saúde
Descrição: “O Mar está de volta no asfalto”
As imagens são parte da exposição Corpo Morada: Favela Como Patrimônio Da Cidade com objetivo pensar o urbano por meio de exposições fotográficas, ciclos de debates e conversas com fotógrafas e fotógrafos moradores de favelas do Rio de Janeiro. O conceito da exposição é fruto da Oficina de Imagens Corpo Morada, realizada pelo Observatório de Favelas – através de Políticas Urbanas e Imagens do Povo – e apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ). Artistas: Alana Crem, Ana Bia Novais, Antonio Dourado, Chris Jones, Christine Jones, Douglas Lopes, Gabi Lino e Kamila Camillo.
Saiba mais: https://observatoriodefavelas.org.br/projetos/corpo-morada/
8 – MURAL NOSSOS DIREITOS
Local: Largo de São Francisco da Prainha: Beco João José, 14 – Saúde
Descrição: O mural faz parte do projeto do artista francês Françoise Schein e da Associação Inscrire junto de crianças da escola Padre Doutor Francisco da Motta, localizada no Largo de São Francisco da Prainha, na região portuária. O mural em azulejos remete aos caminhos dos direitos humanos em formato de árvore, com cada ramo fazendo alusão a um artigo dos direitos humanos (ONU).
O local, no pé do Morro da Conceição, possuía uma pequena praia, recebendo esse nome por estar situado próximo à Igreja de São Francisco da Prainha, de 1696. A praia beirava o largo e se estendia até onde hoje é a Praça Mauá, mas devido aos sucessivos aterros feitos na região, a praia desapareceu.
9 – MURAIS DO ABYA YALA
Local: Travessa do Liceu, Centro (entre o Edifício “A Noite” e o acesso ao Morro da Conceição)
Descrição: O mural conta um pouco da história dos Selk’nam: povo originário da região patagônica do sul da Argentina e do Chile. Os artistas buscaram evidenciar a cultura e as tecnologias que foram desenvolvidas para a sobrevivência desse povo. O termo “Abya Yala“ é utilizado por diversos povos originários do continente para definir o território que conhecemos hoje como o Continente Americano. A ideia da arte é representar a América a partir do ponto de vista indígena. O projeto nasceu a partir da intervenção artística relacionada à exposição “Dja Guata Porã – Rio de Janeiro indígena”, que aconteceu no Museu de Arte do Rio.
10 – ESCADARIA COSMONAUTA MOSAICOS E CIRCUITO CULTURAL JOÃO HOMEM
Local: Entrada Morro da Conceição: Ladeira do João Homem, 48 – Saúde
Descrição: Em um dos acessos ao Morro da Conceição, na Travessa João Homem, a ideia era valorizar esse importante espaço que é a principal entrada para o Morro da Conceição e fazê-lo levando em conta a cultura e a história da região. Em 2016 o projeto foi selecionado para participar do Eu Cuido Do Meu Destino, programa organizado pela PNUMA-ONU, Cisco Do Brasil e Rio 2016, que buscava desenvolver rotas de turismo sustentável na região. Com a chegada desses importantes parceiros, o projeto ganhou fôlego, sendo possível produzir mosaicos para cobrir todo o corrimão e pilastras da escadaria, aproximadamente 38 m², com oficinas abertas. Foram duas temáticas principais, uma indígena focando na Confederação dos Tamoios e uma afro-brasileira, com personagens ligados à região. Foram 3 meses de oficinas diárias até a instalação dos mosaicos em 2016 em uma ação coletiva que integrou as pessoas que participaram das oficinas.
Saiba mais em: https://www.facebook.com/cosmonautamosaicos/media_set?set=a.337601306445188&type=3
MAIS SOBRE O ROTEIRO ZONA PORTUÁRIA
Indicações:
– Pode ser feito a pé (por volta de 1 hora entre os pontos) ou de bicicleta (por volta de 25 minutos).
– Utilize roupas confortáveis e sapatos para caminhada na região.
– Não jogue o lixo no chão, o meio ambiente agradece.
Tamanho: 3,1 Km
Transportes:
Ônibus: Para as opções de linhas de ônibus, recomendamos o uso das plataformas Vá de Ônibus e Moovit.
Barcas: Da estação da Praça XV até a Praça Mauá são cerca de 20 minutos a pé ou cerca de 20 minutos de ônibus.
Bicicletas: Existem bicicletários na Praça Mauá que somam 120 vagas para ciclistas.
Trem: Da Central do Brasil, pegar o ônibus linha 225, VLT, alguma linha de ônibus sentido Candelária ou caminhar 15 minutos até o local.
Metrô: A partir da Estação Uruguaiana, há duas opções de caminho a pé:
– Atravesse a Avenida Presidente Vargas, siga pela Rua Acre até chegar à Praça Mauá / Museu do Amanhã; ou
– Siga pela Avenida Presidente Vargas no sentido Igreja da Candelária, dobre à esquerda na Av. Rio Branco e siga em frente até chegar à Praça Mauá / Museu do Amanhã.
VLT: Para chegar de VLT, pegue uma composição da linha 1 (azul) – sentido aeroporto Santos Dumont ou sentido rodoviária | Praia Formosa – e desça na “Parada dos Museus”. A estação fica aproximadamente 200 metros de distância da Praça Mauá. Visualize o mapa das paradas no site www.vltrio.rio
Carro: Existem diversos estacionamentos particulares na região portuária.
Pontos de Apoio:
– Banheiros disponíveis no Museu de Arte do Rio – MAR e Museu do Amanhã;
– Em volta do Museu do Amanhã há espaços disponíveis para que pessoas sentem;
– No decorrer do circuito há bancos espalhados que permitem que os visitantes parem para descansar;
– A todo momento há trabalhadores ambulantes vendendo água, importante se hidratar e incentivar o comércio local;
– Em caso de emergências médicas, há uma Unidade de Pronto Atendimento no Hospital Souza Aguiar (Praça da República, 111 – Centro);
– Em caso de problemas relacionados à segurança pública existe a 4ª Delegacia Policial (Av. Pres. Vargas, 1100) que pode ser contactada através do número (21) 2332-5273;
– Em caso de problemas relacionados à violência contra mulher (DEAM), que localiza-se na Rua Visconde do Rio Branco, 12 – Centro. O número para contato é (21) 2332-9998.
Marco do início da colonização da cidade do Rio de Janeiro e posteriormente de obras republicanas, as regiões da Praça XV, Cinelândia e das Praças Paris e Passeio Público, carregam muita história sobre heranças da família real e intervenções urbanas de regiões abastadas. Porém, em seu desenho, a natureza foi sendo reordenada em praças e parques para dar conta do aumento populacional na região. A história por vezes oculta os processos de intervenção arquitetônica que trata de aterramentos, remoções e diversas revitalizações.
Grande parte das obras dessa região foram realizadas por paisagistas e artistas, como Mestre Valentim, autor, entre outras obras, do ajardinamento do Passeio Público e do Chafariz localizado na Praça XV.
O objetivo do circuito é revisitar a região que faz parte do Boulevard Cultural da cidade sob o olhar da busca pela natureza, e impressões da mata atlântica, o que pode ser um desafio a princípio mas que aos poucos vai se revelando na paisagem.
1 – PRAÇA XV / LARGO DO PAÇO
Local: Praça Quinze de Novembro, 48 – Centro
Descrição: A Praça XV de Novembro localiza-se entre a Rua Primeiro de Março e a Orla Conde. Ela possui monumentos históricos: o Chafariz do Mestre Valentim, a Estátua Equestre de Dom João VI, a Estátua Equestre do General Osório, e a Estátua do Almirante Negro, além da presença do Arco do Teles, Palácio Tiradentes e Paço Imperial. Durante a virada do século XX ela já sofreu diversas intervenções, sendo nomeada anteriormente como Largo do Carmo, pela proximidade com a Igreja do Carmo, e Largo do Paço, pela presença do prédio Paço Imperial, onde hoje funciona um museu. Uma nova intervenção aconteceu durante as obras de revitalização pelo Prefeito Eduardo Paes no projeto Porto Maravilha, em proximidade às intervenções da Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro.
A praça sofreu vários aterramentos, alargando a área do mar, que antes se delimitava até o Chafariz do Mestre Valentim. Na praça funciona ainda um grande movimento de skateboarding, graças ao movimento de skatistas I Love XV, que conseguiu, em 2011, uma permissão da prefeitura para o uso da praça, derrubando o decreto de proibição que existia desde 1999. Hoje a praça conta com vários equipamentos voltados para a prática do skate.
O Paço Imperial conta com visitação gratuita de terça à sábado e feriados das 12h às 17h e destaca por sua exposição permanente sobre a história do Paço e também pela exposição temporária ‘Espaços do Ainda’.
Saiba mais: http://amigosdopacoimperial.org.br/espacos-do-ainda/
2 – FEIRA DE ANTIGUIDADES DA PRAÇA XV
Local: Praça XV – Centro (Entre Paço Imperial Arco do Teles e Chafariz do Mestre Valentim)
Descrição: Sob coordenação do Instituto das Feiras Culturais do Brasil (Fecult Brasil), a tradicional feira de antiguidades ocupa uma área da Praça XV de Novembro desde 1970. Grande parte dos negociantes ficava embaixo do extinto viaduto da Perimetral e, desde sua demolição, existem cerca de 700 expositores que se instalam no meio da praça com objetos antigos, velhos e usados. A feira é gratuita e ocorre todo sábado, de 6h às 15h.
3 – MUSEU HISTÓRICO NACIONAL (PRAÇA MARECHAL ÂNCORA)
Local: Praça Mal. Âncora, s/n – Centro
Descrição: Tornou-se o mais importante museu de história do país, reunindo um acervo com mais de 300 mil itens, entre objetos, documentos e livros, e sendo uma instituição de produção e difusão de conhecimento. A instituição mantém, em 9.000m² de área aberta ao público, galerias de exposições de longa duração e temporárias, além da Biblioteca especializada em História do Brasil, História da Arte, Museologia e Moda, do Arquivo Histórico, com importantes documentos manuscritos, aquarelas, ilustrações e fotografias, entre as quais exemplares de Juan Gutierrez, Augusto Malta e Marc Ferrez. Mantém, ainda, programas voltados para estudantes, professores, terceira idade e comunidades carentes. Atualmente está em vigência uma exposição sobre o centenário do museu e o Rio de Janeiro de 1922.
Saiba mais em: http://mhn.museus.gov.br/index.php/o-museu/
4 – SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
Local: Av. Beira Mar, 406 – Gr. 503 a 506 – Castelo
Descrição: A rua da Santa Casa é uma região histórica, um boulevard de árvores grandiosas e que hoje abriga também uma ciclovia que se estende por todo o quarteirão. Essa era uma área nobre, que sofreu severas mudanças, sobretudo pelo desmonte do morro do castelo no início do século XX pelo prefeito Pereira Passos. Bem ao pé de uma antiga entrada do morro instala-se a Santa Casa de Misericórdia, na qual com a retirada do morro possibilitou a sua ampliação em 1852. A Santa Casa já abrigou importantes serviços para a cidade, assim como abrigou o hospital da faculdade de medicina da UFRJ. Desde a mudança de local do equipamento da UFRJ em meados de 1973 a Santa Casa está com suas instalações de enfermaria e centro cirúrgico em desuso e sem previsão de retorno. Atualmente funcionam laboratório, radiologia, ressonância magnética e banco de sangue.
Atenção: Não recomendamos parar nessa parte do trajeto, e manter a atenção redobrada a pé, evitando utilizar aparelhos eletrônicos nas mãos ou circular à noite pelo risco de periculosidade.
Saiba mais: https://carloschagas.org.br/hospitais/hospital-geral-santa-casa-da-misericordia-do-rj/
5 – PRAÇA MARECHAL FLORIANO (CINELÂNDIA)
Local: Praça Floriano, 55 – Cinelândia
Descrição: O nome do local surgiu ainda na década de 1920, quando era marcado por cinemas, teatros, bares, restaurantes e hotéis, sendo considerada a Times Square brasileira. Hoje em dia não há mais a profusão de cinemas no local, mas a região não perdeu seu charme, pois é cercada de prédios históricos que lhe conferem uma atmosfera especial. Estão ali o imponente Theatro Municipal, a antiga sede do Supremo Tribunal Federal, a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes e a Câmara Municipal. O local é marcado pela Praça Mahatma Gandhi, que recentemente teve suas grades removidas, e quem visita pode ver de perto a estátua de Gandhi e o chafariz da praça. Seu território compreende a Avenida Rio Branco até a Rua Senador Dantas, e da Evaristo da Veiga até a Praça Mahatma Gandhi.
6 – BIBLIOTECA NACIONAL E JARDIM
Local: Av. Rio Branco, 219 – Centro
Descrição: É considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo e é também a maior biblioteca da América Latina. O núcleo original de seu poderoso acervo, calculado hoje em cerca de dez milhões de itens, trazidos de Lisboa desde a chegada da família real portuguesa com Dom João VI. Possui várias áreas de atendimento ao público, oferecendo serviços aos visitantes, pesquisadores e acadêmicos que desejam consultar e pesquisar seu acervo ou simplesmente conhecer o belo prédio histórico que abriga tantas obras. Um destaque deve ser feito para a área dos jardins, nos fundos da propriedade. Projetada por Burle Marx, o Jardim precede o Auditório Machado de Assis e o Espaço Cultural Eliseu Visconti e abriga um anfiteatro que, por ter cobertura em vidro, protegendo da chuva e permitindo a entrada de luz natural, é propício à realização de diversos tipos de eventos. Seu acesso é pela Rua México, s/n.
Saiba mais em: https://visit.rio/que_fazer/biblioteca-nacional/
7 – PASSEIO PÚBLICO
Local: Rua do Passeio – Centro
Descrição: O Passeio Público do Rio de Janeiro é o primeiro parque ajardinado do Brasil e foi concebido por um dos maiores artistas do período colonial brasileiro: Mestre Valentim da Fonseca e Silva. Construído a partir de 1783, o Passeio Público foi o grande ponto de encontro da população carioca nos séculos XVIII e XIX. Em seu interior podia-se contemplar, além de variadas espécies da flora nacional, obras de arte, chafarizes, esculturas e pirâmides.
Saiba mais: http://www.passeiopublico.com/
8 – ARCOS DA LAPA
Local: Lapa
Descrição: Os arcos localizados na região conhecida como Lapa foram construídos nos séculos XVII e XVIII como sustentação ao Aqueduto da Carioca, que trazia água do Rio Carioca para o centro. Hoje, a Lapa é o coração da vida noturna da cidade e, em vez de água, a estrutura serve de passagem para o popular bondinho de Santa Teresa, que servia de acesso também para a população local do bairro, mas que hoje, porém, apenas realiza uma parte do trajeto como turismo. Além disso, a informação da sua construção também é importante. Segundo a historiadora Ana Paula da Silva, doutora em memória social e pesquisadora do Programa de Estudos dos Povos Indígenas (Pro Índio) da UERJ: “muitas pessoas passam pelos Arcos da Lapa, mas não imaginam que aquele monumento que hoje é um patrimônio, um símbolo da cidade do Rio de Janeiro, foi construído por mão de obra escrava indígena”.
9 – PRAÇA PARIS
Local: Av. Augusto Severo, 342 – Glória
Descrição: O local é bastante procurado por pessoas que gostam de caminhar ao ar livre, esportistas ou por quem apenas prefere passear por entre o verde e se encantar com o charme que ali encontramos. Não se pode deixar de mencionar o famoso e encantador chafariz, que possui nove movimentos de luz, jorrando água a vinte e cinco metros de altura. O aterro da Praça Paris foi feito com material vindo da demolição (ou desmonte) do Morro do Castelo. Originalmente, a praça possuía uma segunda parte que seguia do fim da antiga Avenida Central (Atual Avenida Rio Branco), passando em frente ao Passeio Público, e que possuiria uma área de aproximadamente 48.000 metros quadrados. A praça foi projetada ao estilo dos jardins clássicos franceses, tendo estes jardins como referência o Jardim do Palácio de Versalhes, construído no século XVII. É um grande exemplo da chamada “belle èpoque carioca”.
10 – FEIRA LIVRE DA GLÓRIA
Local: Largo Paula Cândido, 318 – Glória
Descrição: Feira livre que acontece todos os domingos de 7h às 15h e reúne diversos alimentos, frutas, peixes, carnes, produtos de beleza, moda, flores… A feira é bem diversa e conta também com brechós, bares e possui atividades culturais como rodas de samba e outras atrações musicais.
Saiba mais em: https://www.instagram.com/feiradagloria/
11 – CICLOVIA DO PARQUE BRIGADEIRO EDUARDO GOMES (ATERRO DO FLAMENGO)
Descrição: O Aterro do Flamengo, como o nome sugere, é parte do processo de aterramento da orla entre o centro e a zona sul da cidade que utiliza parte do desmonte do Morro do Castelo, datado do início do século XX, pela reforma Pereira Passos, que construiu a Avenida Beira-Mar, a Praça Paris e a Avenida da Praia do Flamengo. Posteriormente, na década de 1950, pelo desmonte do Morro Santo Antônio, o Parque Brigadeiro Eduardo Gomes foi inaugurado em 1964, uma obra idealizada por Burle Marx, foi incorporando os aterramentos centrais da área do Aeroporto Santos-Dumont, Museu de Arte Contemporânea e pelo Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. O novo parque foi destinado a atividades esportivas, recebendo quadras de futebol, tênis, vôlei, basquete e pistas de aeromodelismo e de modelismo naval; destacam-se os campos de futebol no trecho inicial da Praia do Flamengo. A praia que dá o nome ao bairro e ao aterro, Flamengo, já teve diversos nomes desde a chegada dos portugueses, porém seu nome atual se refere a presença de pássaros flamingos, muito comuns mas que hoje em dia não estão mais presentes na região. Destaca-se que o aterro foi palco de conferências da Eco-92, Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro no ano de 1992 e devido à usa realização, foram implementadas as ciclovias na zona sul da cidade, incluindo a ciclovia Mané Garrincha, que liga desde Copacabana até o Museu de Arte Moderna (MAM) no centro pelo aterro do flamengo.
Veja o mapa do circuito completo, para visualizar apenas o roteiro desejado, clique no ícone
Você encontra os circuitos também no Strava:
Strava Roteiro Zona Portuária e Strava Roteiro Rio de Passeio.
Sobre:
Onde está a Amazônia?
A zona portuária é uma região histórica do Rio de Janeiro colônia que abriga um grande número de marcos, ruas, vielas, árvores e painéis que carregam a memória da cidade e que hoje encontram um contraste nas intervenções modernas, que ocorrem desde o início do século XX até o atual projeto “Porto Maravilha” de 2016.
Contando com diversos circuitos artísticos, novas moradias e mobilidades, além da revitalização da memória da cidade através de museus, murais e grafites, encontramos na figura do próprio Museu de Arte do Rio – MAR que estampa essa dualidade em sua estrutura: metade do museu reside em um prédio antigo que possui uma passarela que nos conduz a um prédio moderno, trazendo olhar para o passado e futuro.
Falando de futuro, o Museu do Amanhã, residente também na Praça Mauá, possui uma curadoria de exposições sobre o olhar ao amanhã, com destaque para “Fruturos: Tempos Amazônicos”, que através de um jogo de palavras nos provoca a reflexão sobre a herança que deixamos das nossas florestas e o que podemos fazer nos tempos atuais para salvar a Amazônia e todos os ecossistemas naturais, que podem estar distantes geograficamente mas que tem tudo a ver com o lugar que ocupamos.
O conjunto de bairros do Centro, Saúde, Gamboa e Santo Cristo formam a região também conhecida como “Pequena África”, pelo grande número de pessoas escravizadas que foram trazidas pelos portos. Por conta dos Jogos Olímpicos realizados na cidade do Rio de Janeiro em 2016, o projeto de revitalização cunhado de ‘Porto Maravilha’ foi instaurado com o objetivo de se tornar um legado para a cidade de recuperação da infraestrutura urbana, dos transportes, do meio ambiente e dos patrimônios histórico e cultural da Região Portuária.
No centro da reurbanização busca modificar as condições habitacionais e atrair novos moradores utilizando da instalação de novos equipamentos culturais, como a criação do Boulevard Olímpico, reforma dos armazéns para eventos, além da construção do Museu do Amanhã, Museu de Arte do Rio e o AquaRio. A mobilidade da região também se modificou diante das obras de túneis e da implantação do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos.
Todas as interferências estão disponíveis aqui.
Acontece que, como todo processo de revitalização, ocasiona uma mudança significativa inclusive no perfil de moradores daquele espaço. Fruto da maior Parceria Público-Privada da Cidade, o projeto de revitalização tornou-se também um processo de remoções diretas e indiretas, e é esse debate que o documentário PORTO, maravilha pra quem? aborda.
A reflexão é também um convite para caminhar e construir suas impressões sobre a região, que sofre sucessivas interferências e aterramentos no ambiente, construído por vezes apagamentos da sua história natural e cultura, como o caso do Cais do Valongo, que foi primeiramente rebatizado como Cais da Imperatriz e posteriormente aterrado em 1911, somente sendo recuperado durante as obras do Porto Maravilha.
O Circuito integra roteiros de marcos da cultura tradicional africana, como o projeto Circuito de Herança Africana, criado pelo IPN – Instituto Pretos Novos, além de intervenções no Boulevard Olímpico, dentre o Distrito da Arte, intervenções e arte urbana. Ele busca despertar a reflexão e crítica sobre as intervenções urbanas que alteram a paisagem natural e cultural da região da zona portuária.
Processos de aterramento, redescoberta de sítios históricos, árvores, arte e exposições integram esse circuito que pode parecer pequeno em distância mas que abriga uma quantidade enorme de obras e intervenções que prendem a atenção.
Brincando com a dualidade entre histórico e novo, o circuito busca mover a imagem do Rio de Janeiro de praias e montanhas para uma reflexão sobre onde está a natureza em meio ao cimento, obras, ocupação africana e disputas de identidade cultural.
Sobre
Marco do início da colonização da cidade do Rio de Janeiro e posteriormente de obras republicanas, as regiões da Praça XV, Cinelândia e das Praças Paris e Passeio Público, carregam muita história sobre heranças da família real e intervenções urbanas de regiões abastadas. Porém, em seu desenho a natureza foi sendo reordenada em praças e parques para dar conta do aumento populacional na região. A história por vezes oculta os processos de intervenção arquitetônica que trata de aterramentos, remoções e diversas revitalizações.
Grande parte das obras dessa região foram realizadas por paisagistas e artistas como Mestre Valentim, autor, entre outras obras, do ajardinamento do Passeio Público e do Chafariz localizado na Praça XV.
O objetivo do circuito é revisitar a região que faz parte do Boulevard Cultural da cidade sob o olhar da busca pela natureza e impressões da mata atlântica, o que pode ser um desafio a princípio, mas que aos poucos vai se revelando na paisagem.
Inicialmente o plano era consolidar um único circuito na região central da cidade do Rio de Janeiro, buscando provocar o olhar para a natureza e meio ambiente em circuitos consolidados culturalmente pelas intervenções urbanas da cidade.
O roteiro é dividido em duas partes: “Circuito 1: Zona Portuária” e “Circuito 2: Rio de Passeio”.
É possível realizar ambos os circuitos em um só dia, a pé ou de bicicleta (meios mais recomendados), porém é possível também utilizar os meios de transporte sugeridos em cada circuito, dando destaque ao VLT que passa por todos os trajetos.
Escolhemos também contemplar inicialmente o circuito na
região central para garantir um acesso maior para pessoas de todas as regiões da cidade, além de fugir do óbvio de praias e hortos turísticos já consolidados na cidade. Outro grande motivo da escolha de começar com estas regiões é dar visibilidade à pautas transversais ao meio ambiente como questões identitárias raciais e de povos originários que por muito tempo foram literalmente soterrados da história da cidade – o Rio de janeiro possui umas das maiores populações indígenas que vivem em contexto urbano. Os Tupinambás e Guaranis lutam para que suas tradições e culturas não sejam apagadas, mesmo que invisibilizados.
A campanha faz um convite a nos reconectarmos e redescobrirmos a natureza e a Amazônia que passa despercebida na correria do dia a dia.
Circuito Arroios e Quilombos
O trajeto examina alguns dos principais arroios (rios) e áreas verdes de relevância, e faz a ligação entre pontos históricos e a resistência do povo negro
1 – QUILOMBO DA FAMÍLIA SILVA
Local: R. João Caetano, 933-1033 – Três Figueiras
Descrição: O quilombo da Família Silva é o primeiro quilombo urbano titulado do país e gravado como Área Especial de Interesse Cultural, com o decreto assinado em 2006, emitido em 2009. A capital gaúcha tem 11 territórios quilombolas , sendo sete certificados pela Fundação Cultural Palmares e quatro autodeclarados.
Localizado no bairro Três Figueiras entre a Praça Arquiteta Berenice Baptista, Praça Antonio Luiz Rosa, Praça Desembargador La Hire Guerra e Praça Geraldo Zaniratti (que dá acesso ao Arroio da Areia). Atualmente é uma das áreas da cidade com maior valorização imobiliária. Segundo o INCRA 2006 o Quilombo ocupa 6.510,7808 m quadrados e conta com mais de 20 famílias.
2 – PRAÇA GERALDO ZANIRATTI
Local: Praça Geraldo Zaniratti
Descrição: Em 18 de outubro de 2004, pela LEI Nº 9620, a praça 2721, localizada no Bairro Três Figueiras, passa a se chamar Praça Geraldo Zaniratti. Nela podemos ter acesso ao Arroio da Areia.
O Arroio da Areia é um dos 19 arroios da cidade de Porto Alegre e um dos mais extensos da Capital, cujo curso abrange 14 bairros. Sua bacia hidrográfica ocupa uma área de 20,85 km², da qual metade é ocupada pelos pôlderes do Aeroporto Salgado Filho. Acabou de passar por uma macrodrenagem. Como infraestrutura, a praça possui:
– Dois parquinhos
– Campinho de futebol
– Vista do arroio
3 – JARDIM BOTÂNICO
Local: R. Dr. Salvador França, 1427 – Jardim Botânico
Descrição: O Jardim Botânico é um espaço de estudo e conservação da vegetação nativa do Rio Grande do Sul, principalmente aquelas ameaçadas de extinção. Possui uma área de 36 hectares com várias trilhas do arboreto (coleção de árvores) e área de piquenique. Em sua área, está localizado o Museu de Ciências Naturais de Porto Alegre, prédio onde também funcionam a Divisão de Pesquisas e Coleções Científicas, o Departamento de Biodiversidade da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura. O local faz parte da Rede Brasileira de Jardins Botânicos.
4 – ARROIO DILÚVIO
Local: R. Gen. Tibúrcio, s/n – Petrópolis
Descrição: O Arroio Dilúvio é, atualmente, o principal rio de Porto Alegre, que passa por áreas com grande densidade populacional. Correndo no sentido leste-oeste, suas nascentes mais distantes estão no Parque Natural Municipal Saint’Hilaire (Viamão) e sua foz no Lago Guaíba. Até a década de 1950, o Dilúvio apresentava águas muito limpas, e ganhou este nome porque costumava inundar os bairros vizinhos em dias de chuva forte. Atualmente, estima-se que receba cerca de 50 mil metros cúbicos de sedimentos e resíduos por ano, além do esgoto cloacal de três bairros, necessitando de dragagens periódicas. Mesmo ao longo de seus 12km (de cerca de 17km de extensão) canalizados, que passam por bairros populosos, há dezenas de espécies diferentes de árvores nas duas margens – nativas e exóticas – que foram alvo de uma ação anônima que grafitou e nomeou as diferentes espécies existentes.
5 – VILA PLANETÁRIO
Local: R. Luiz Manoel, 229 – Santana
Descrição: A Vila Planetário é uma ocupação popular que existe desde 1970, cujos moradores provinham principalmente do interior do Estado. Uma pequena parte do terreno, de cerca de 6 mil m², era propriedade particular e a outra parte pertencia à prefeitura de Porto Alegre. A partir do início dos anos 1980, a população passou a exigir do poder público a regularização dos terrenos, que só ocorreu depois da vigência da Constituição de 1988, que previa as regularizações fundiárias. Antes disso, era comum principalmente a remoção de populações marginalizadas para áreas periféricas da cidade (como da Ilhota, deslocada para a Restinga). Houve, então, o reconhecimento do direito à moradia e à cidade, surgindo o Projeto de Consolidação da Vila Planetário. Foram recursos alocados a partir do Orçamento Participativo (OP), durante a gestão de Olívio Dutra na prefeitura (1992), que permitiu a construção das casas de alvenaria da atual moradia.
6 – PARQUE FARROUPILHA – REDENÇÃO
Local: Av. João Pessoa, s / nº – Farroupilha
Descrição: O Parque Farroupilha, ou Redenção, é o parque mais tradicional e popular de Porto Alegre.
Quem vive na Capital pensa neste parque nas horas de descanso, seja para praticar esportes, tomar sol ou confraternizar tomando chimarrão com a família e amigos.
O parque possui uma ampla infraestrutura e diferentes espaços que possibilitam vários usos, e inclusive a realização de grandes eventos como a Parada Livre e o Baile da Cidade, realizado à noite no aniversário de Porto Alegre, entre outros.
Essa infraestrutura compreende:
– Quatro chafarizes, sendo um central
– Lago com pedalinhos
– Banheiros públicos
– Área de esportes (Parque Ramiro Souto)
– Monumentos (sendo o principal a Praça do Expedicionário, local de encontro de manifestações)
– Três playgrounds
– Um parque de diversões
– Café e restaurantes
– Teatro (Auditório Araújo Viana, gerido pela iniciativa privada)
– Feira orgânica (FAE)
– Locais para descanso (bancos e gramados)
– Cachorródromo
7 – PRAÇA GARIBALDI/ILHOTA
Local: Azenha
Descrição: A Praça Garibaldi, na divisa dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus, recebe diversos eventos a céu aberto, como feiras e festas, e é um lugar central para os eventos paralelos do Amazônia Passa Aqui. A praça quase “toca” a Ilhota, bairro que, apesar de novo (a criação foi aprovada em 2014), é um local de importância histórica: a Ilhota era um espaço geográfico formado pelos antigos cursos dos arroios Dilúvio e Cascatinha, que formavam uma pequena ilha que sofria com as cheias desses cursos. Com a canalização do arroio Dilúvio, as casas existentes no local foram derrubadas e a população removida para o bairro Restinga, a 18km do Centro. A Ilhota está diretamente ligada à memória da cultura negra de Porto Alegre, habitada no passado por negros escravizados, alforriados e seus descendentes. Apesar da existência oficial do bairro, o local ainda é invisibilizado, pois não é possível encontrá-lo em mapas virtuais pelo seu nome, sendo ainda ligado ao bairro Menino Deus.
8 – MUSEU DE PORTO ALEGRE JOAQUIM FELIZARDO
Local: R. João Alfredo, 582 – Cidade Baixa
Descrição: O Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo, museu de história da cidade de Porto Alegre, tem como sede o Solar Lopo Gonçalves, construído entre 1845 e 1853, na antiga Rua da Margem, atual João Alfredo. O sobrado de porão alto, construído para ser residência da “chácara” da família do comerciante português Lopo Gonçalves Bastos, é representativo do estilo de transição entre a arquitetura colonial e a arquitetura neoclássica no Brasil. O museu conta a história da cidade e suas diferentes transformações ao longo dos anos.
09 – LARGO ZUMBI DOS PALMARES
Local: Av. Loureiro da Silva, 730 – Cidade Baixa
Descrição: O Largo Zumbi dos Palmares (antigo Largo da Epatur) é um local tradicional de mobilização popular, como a Massa Crítica e ponto final de passeatas e manifestações, e ainda não tem finalidade fixa, sendo usado muitas vezes como estacionamento. O largo tem seu potencial negligenciado, quase não possuindo infraestrutura amigável às pessoas e com pouquíssima arborização. A maior parte da área da praça é asfaltada, o que gera extremo desconforto térmico a seus frequentadores nos meses de verão.
10 – LARGO DO AÇORIANOS – PONTE DE PEDRA/MONUMENTO AOS AÇORIANOS/VISTA DO MURAL “QUEBRA TUDO-ABRE CAMINHOS”, NA EMPENA DO DAER
Local: Av. Loureiro da Silva, 1155 – Cidade Baixa
Descrição: O Largo dos Açorianos é um local histórico da cidade, que representa a primeira ocupação habitacional de Porto Alegre, composta por 20 casais do arquipélago dos Açores, que emigraram de Portugal. Na ponte de pedra, passava o arroio Dilúvio em seu curso original, retificado e canalizado em uma obra que aterrou parte da área do Centro da capital e bairros circundantes banhados pelo Lago Guaíba. O local oferece uma ampla vista dos prédios do Centro Administrativo do Estado, em especial o prédio do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), cuja empena traz o mural “Quebra-tudo/Abre caminhos”, de Mona Caron e Veracidade, uma das principais obras de arte de rua recentes na Capital.
11 – GASÔMETRO
Local: Cais do Porto – Largo do Trabalho, 46 – Cais do Porto
Descrição: A Usina do Gasômetro é uma antiga usina de geração de energia. Apesar do nome, era na realidade uma usina movida a carvão mineral — o tal “Gasômetro” fazia referência aos tanques de gás de petróleo distribuído por canalização às residências da cidade que ficavam ao lado de onde hoje está a Usina. Depois de obras de restauração da Usina em 1988, o Gasômetro foi aberto à população como centro cultural no fim de 1991 e, a partir de então, abrigou importantes eventos e exposições, como atividades relacionadas à ECO 92 – Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – e outros como o Fórum Social Mundial e o primeiro Fórum Mundial da Bicicleta, em 2012.
Veja o mapa do circuito completo, para visualizar apenas o roteiro desejado, clique no ícone
Você encontra os circuitos também no Strava.
Em Porto Alegre, o projeto Amazônia Passa Aqui busca promover uma vinculação da “estrutura verde” das cidades (parques ambientais, praças, parques urbanos, rios, hortas e outros) à infraestrutura urbana. O objetivo é valorizar as áreas e elementos que ajudem na conservação dos valores e funções dos ecossistemas naturais, incluindo a qualidade da água e do ar e outros benefícios para a população.
No último Censo Demográfico do IBGE, realizado em 2010, foram analisadas as taxas de arborização em vias públicas nas cidades brasileiras com mais de um milhão de habitantes. Porto Alegre apareceu em terceiro lugar com 82,7%.
O circuito “A Amazônia passa aqui” de Porto Alegre passará por 10 pontos da cidade. Durante esse percurso, vamos contar um pouco de nossa história, trazendo exemplos de vegetação nativa, áreas de contemplação e árvores frutíferas presentes ao longo do trajeto.
Começamos na Zona Norte da Capital, representando o “alto” da cidade no mapa – representando uma nascente do rio. Ali, o primeiro ponto é o Quilombo da família Silva, e logo no segundo ponto, na Praça Geraldo Zaniratti, conseguiremos ver o Arroio Areia, que circula no local a céu aberto.
O circuito prossegue, passando pelo Jardim Botânico, o principal espaço de conservação das espécies nativas do Estado, e que passa por um processo de sucateamento e desmonte (visando uma futura privatização); em seguida, o trajeto chega na Vila Planetário, uma das primeiras regularizações fundiárias da capital, e que tem iniciativas importantes do período de Pandemia como a Misturaí – convidada para o projeto.
Na sequência, chegamos ao Parque Farroupilha, conhecida como Redenção, a área verde mais frequentada da cidade, e depois à Praça Garibaldi, na Cidade Baixa, ponto central para a realização de mini-eventos, próxima à antiga Ilhota – onde hoje existe um conjunto de moradias populares e marco histórico do povo negro na história de Porto Alegre.
A próxima parada é o Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo, que retrata a história da cidade. Depois, nos reuniremos no Largo Zumbi dos Palmares, local de concentração da Massa Crítica e outras manifestações populares que, apesar da importância, carece de infraestrutura e arborização.
Outro lugar histórico do percurso é o Largo dos Açorianos, um dos pontos iniciais de povoamento de Porto Alegre, que dá vista para o mural Quebra-tudo/Abre Caminhos, de autoria dos artistas Mona Caron e Veracidade.
O último ponto do circuito é a Usina do Gasômetro, em frente ao Lago Guaíba – o circuito “deságua” ali, como a maior parte dos cursos d’água da Capital gaúcha que deságuam no Guaíba. Também é nosso último ponto de contemplação, convidando os participantes a apreciarem o pôr-do-sol neste cartão postal da cidade.
Circuito Pontos Verdes e Arte Urbana
Passando por dois parques municipais, três praças, um jardim, duas hortas e por várias artes urbanas feitas por indígenas ou tendo como tema os povos originários… por cima de um córrego, ao lado de um rio e por baixo de muito céu
PONTO 1
Parque Mosteiro Tom Jobim
Localização: Rua Dr. Ismael de Faria, 150 – Luxemburgo.
Horário de funcionamento: terça-feira a domingo, das 8h às 17h.
O parque integra a área conhecida como Mata do Mosteiro e possui uma área aproximada de 6.400 metros quadrados e foi implantado em 2001, por meio de compensação ambiental. Ele é aberto ao público, mas ainda é pouco conhecido e frequentado.
Abriga pelo menos 50 espécies de árvores, a maior parte delas nativa do cerrado, como ipês, anjico, guapuruvu, pau-jacaré e sangradeira, embaúba, camboatá, bambus e ficus. Ainda são cultivadas plantas ornamentais e pés de frutas herdados da chácara que ocupava a área, como bananeiras, mangueiras, goiabeiras, ameixeiras e pitangueiras.
Sua fauna é composta por dezenas de espécies, como micos, gambás, insetos e aves, como beija-flor, pica-pau, rolinha e bem-te-vi.
PONTO 2
Caixa de luz com intervenção
Localização: Avenida Prudente de Morais esquina com Barão de Macaúbas – Santo Antônio
Stencil com o busto de uma pessoa indígena embelezando nosso caminho.
Aqui fica o desejo de que a sociedade aprenda a respeitar os povos tradicionais, suas culturas e preze por suas vidas.
Os povos indígenas são os melhores guardiões das florestas, temos muito a aprender com suas tradições.
PONTO 3
Coleta de vidro para reciclagem
Localização: Avenida Prudente de Morais esquina com Joaquim Murtinho – Cidade Jardim.
Nessa esquina a gente encontra um container de coleta de vidro para reciclagem.
Reutilizar, Reduzir e Reciclar, são atos importantes pra natureza, principalmente quando pensamos em economia de recursos naturais, se a gente transforma o que já existe, evitamos depredação de florestas e montanhas.
PONTO 4
Jardins do Museu Histórico Abílio Barreto
Localização: Avenida Prudente de Morais, 202 – Cidade Jardim.
O que ficou da Cidade Jardim?
O MHAB foi inaugurado em 1943, como museu da cidade e serve também como área de contemplação da natureza com seus jardins de acesso livre, cheios de árvores, plantas e pássaros.
Na sua entrada já vemos uma enorme e imponente figueira que resiste ao tempo e abraça a escadaria com suas raízes.
Curiosidade: Um dos prédios do Museu é o casarão sede da antiga Fazenda do Leitão, construído em 1883 (14 anos antes de Belo Horizonte ficar pronta), a sede foi desapropriada pela Comissão Construtora da Nova Capital em 1894, no início do processo de construção de Belo Horizonte.
PONTO 5
Córrego do Leitão – Entre Rios e Ruas
Localização: Esquina de Prudente de Morais com contorno.
Belo Horizonte, assim como outras grandes cidades, desviou ou cobriu córregos e rios durante sua história. Por aqui passava o Córrego do Leitão que foi canalizado e coberto para virar avenida.
Para chamar a atenção sobre o que foi apagado da paisagem e da memória de moradores, a artista visual Isabela Prado criou o Projeto Entre Rios e Ruas. Uma das ações do projeto foi a intervenção urbana que instalou placas de sinalização de todos os córregos canalizados dentro do perímetro envolto pela Avenida do Contorno, na região central da capital.
PONTO 6
Praça Marília de Dirceu
Localização: Rua Marília de Dirceu, em frente ao número 80 – Lourdes
Sempre bom encontrar uma praça bem cuidada no caminho, né? Essa praça, que tem o nome de batismo de João Luiz Alves, foi inaugurada nos anos 30 e recentemente sofreu com um forte alagamento na época das cheias, o que nos faz pensar na importância de termos cidades mais permeáveis.
Aproveite pra dar uma alongada nas pernas e respirar fundo antes de seguir próximo ponto.
PONTO 7
Mural Conexão – Grafite de Kawany Tamoyos, a.k.a. Kakaw
Localização: Kasa Invisível – Av. Bias Fortes, 1034 – Lourdes
Conexão é o nome desse painel de 2019, onde dois rostos se conectam de olhos fechados mas com o terceiro olho aberto para realmente enxergar o mundo. Plantas saem de suas cabeças, representando a liberdade e também a ligação ancestral e espiritual entre os dois seres. Entre eles uma mão, entrelaçada pela arruda que os conecta, leve e sem cortar a conexão.
Esse painel marca um momento de virada no estilo de pintura da artista, que passa a brincar mais com cores e formas, se aproximando de imagens surrealistas, fugindo cada vez mais de representações indígenas estereotipadas e adicionando mais elementos que tratam de espiritualidade e conexão ancestral.
Quer saber mais sobre a artista? Vá até o ponto 13 do circuito.
PONTO 8
Grafismos Kenês – Grafite CURA de Sadith Silvano e Ronin Koshi
Localização: Praça Raul Soares – Centro
A avenida Amazonas, ao redor da praça Raul Soares, recebeu no último CURA (2021) a pintura-ritual Shipibo dos artistas Sadith Silvano e Ronin Koshi, da Amazônia Peruana.
Esta obra é composta por Kenés, que são bordados míticos de padrões geométricos e labirínticos inspirados pela Cultura Ayahuasqueira presente em várias etnias indígenas. Nas cerimônias xamânicas com o chá sagrado, os guias Shipibo entoam suas canções medicinais e curativas, e visualizam em suas mentes as formas e os desenhos que, depois, serão reproduzidos. Por ter sido feita no asfalto, a obra tinha previsão de ir sumindo com o passar dos meses, o que já vem acontecendo. É a maior pintura Shipibo feita fora do Peru, tem 2.870m².
Foto 1 de Rogério Argolo
Foto 2 de Carlos Hauck
PONTO 9
Vista da Empena Mahku Movimento – CURA
Localização: Av. Amazonas, 815 – Centro
A obra traz a força ancestral da floresta e do povo da Amazônia Acreana do Rio Jordão através de seis animais sagrados: a jiboia, a anta, a cotia, o javali, a capivara e o tatu; de elementos da flora amazônica e dos Kenés, os grafismos geométricos presentes também na arte do ponto 6 do circuito.
A “empena-entidade” grava a imagem de um canto de cura no alto do edifício Levy. A obra foi pintada em 2021 pelo coletivo Mahku Movimento, composto pelos artistas indígenas da etnia Huni Kuin, Kassia Hare Karaja Hunikuin (@kassiaborgess), Txana Bane (@cleibepinheiro) e Itamar Rios (@riositamar) e foi sua primeira experiência de pintura de empena. Que caiba mais cura na cidade!
PONTO 10
Vista para Empena “Selva Mãe do Rio Menino” de Daiara Tukano
Localização: Av. Amazonas, 613 – Centro
Ainda pela Avenida Amazonas temos a oportunidade de ver o maior mural de arte urbana feito por uma artista indígena no mundo.
“Esse desenho traz uma homenagem à resistência dos nossos parentes. Ele representa essa grande mãe, é uma mãe carregando o filho no colo, e essa mãe é a mãe natureza, a mãe selva, a mãe floresta, a mãe das matas, que carrega o seu filho, um rio menino, que só nasce onde tem mata, porque é ela que permite que a terra possa respirar, que a água possa circular, que o planeta possa estar vivo. Então é uma maneira de representar a soberania, porque a natureza é soberana, e traz um sentimento de pertencimento, porque acredito que essa mãe natureza nos segura no colo, nos dá água para beber, ar para respirar, o melhor alimento. Essa nossa casa, a nossa mãe, é a única mãe que a gente tem. A gente não vai sair correndo daqui para outro planeta e a gente tem de aprender a honrar e a respeitar.” Daiara Tukano
PONTO 11
Vista Serra do Curral
Localização: Av. Afonso Pena, 861 – centro
Do centro da cidade. por entre prédios, ainda vemos o verde da Serra, mas por trás desse paredão há um buraco cavado pela contínua extração de minério de ferro ao longo dos anos.
Belo Horizonte nasceu em 1898 aos pés da Serra do Curral. Antes da sua fundação, o vilarejo que ficava na região se chamava Curral Del Rey.
Ela está representada também no brasão de BH e foi eleita pela população, em 1998, como símbolo da cidade, tem 14 quilômetros de extensão e sua vegetação é de transição entre Mata Atlântica e Cerrado.
A luta agora é pra que parem de devastar o que resta da nossa Serra e arredores. Sua preservação é de extrema importância para nossa qualidade de vida e sobrevivência. Tire um dia para visitar o Parque da Serra e ver as belezas mais de perto.
#TiraoPédaMinhaSerra #TiraoPédaNossaSerra #SerradoCurral #SalveaSerradoCurral
PONTO 12
Grafite da Guardiã
Localização: Rua dos Tamôios, 16 – Centro
Olhe para cima e verá a pintura de um ser guardião da natureza com seu cajado.
Dica: antes de seguir pro ponto 11 você pode ir até o meio do viaduto Santa Tereza e ter uma visão melhor da Serra do Curral.
PONTO 13
Uma imagem poética – Árvore e grade
Localização: Av. dos Andradas, 646 – Centro
Na calçada do parque podemos reparar numa árvore que parece querer fugir e escorrer por entre as grades. O fenômeno, conhecido como inosculação, nos dá um bom exemplo da força que a natureza tem.
PONTO 14
Parque Municipal Américo Renné Gianetti
Localização: Portaria da Av. dos Andradas, 787 – Centro
Horário de funcionamento: terça-feira a domingo, das 8h às 17h.
O principal e mais antigo parque da cidade (1897) já chegou a receber em média 20 mil pessoas por dia. Hoje, é necessário o agendamento prévio para visitas.
Um ecossistema representativo com árvores centenárias que possui uma área de 182 mil m². São cerca de 280 espécies de árvores exóticas e nativas, como: cipreste-calvo, flamboyant, sapucaia, pau-mulato, pau-rei, figueiras e jaqueiras. O espaço também abriga um orquidário e é refúgio para a fauna silvestre, com mais de 100 espécies de aves entre bem-te-vis, sabiás, garças, periquitos, pica-paus, sanhaços, saíras e outros animais, como gambás e micos.
Seus recursos hídricos contribuem para um ambiente com mais qualidade de vida. O lugar é cortado pelo córrego Acaba Mundo, que desagua no ribeirão Arrudas e ainda possui três lagoas, quatro cascatinhas e vários olhos d’água.
O parque também possui uma ciclovia e coleta de recicláveis.
PONTO 15
Rainha da Floresta e ancestrais – grafite de Hyper Tupinyahbinghi Warrior
Localização: Av. dos Andradas, 1330 (abaixo do Viaduto Francisco Sales)
Obra de 2019. “Honra e respeito aos antigos. A todos nossos ancestrais. Aqueles que abriram o caminho para que fosse possível estarmos aqui hoje!” @hyperaton
O artista (referência na cena nacional e internacional) atua na cena do graffiti desde 1997, é multimídia e autodidata. Entre os temas principais abordados em seus trabalhos estão: povos originários, culturas antigas e suas plantas de poder.
Quer ver mais obras desse artista? Siga até o Ponto 14 do circuito.
PONTO 16
Praça Floriano Peixoto
Localização: Próximo ao Número – Av. do Contorno, 3097
Seu nome original era Praça Belo Horizonte, mas acabou mais tarde sendo rebatizada com o nome de um militar. É uma área verde bem agradável e sem grades no limite da cidade planejada. Ideal para um piquenique no início da noite depois que os parques municipais já fecharam.
Foi tombada, juntamente com o conjunto arquitetônico ao redor, como patrimônio cultural da cidade em 1994.
PONTO 17
Pacha Mama – grafite de Hyper Tupinyahbinghi Warrior
Uma das suas obras que representam a Pacha Mama e a manifestação da Vida pela natureza. Dentre suas definições, PachaMama representa o sentido da vida, o nascimento, a maternidade e a proteção da Terra e de seus filhos que nela habitam.
Como ver: na Av. dos Andradas na altura do Boulevard Shopping olhe pro Arrudas e verá a Mãe Terra.
PONTO 18
Vita para Mural “Um país de Todos” – grafite do artista Sodac
Localização: Av. dos Andradas em frente à Câmara Municipal
Mesmo sendo a maior parte da população do nosso país, indígenas e negros seguem sendo colonizados por brancos ricos desde a invasão “descobrimento”, condicionados a trabalhos análogos à escravidão por toda a vida.
Junto com o nosso povo, morre e queima nosso planeta, nossas florestas, o pulmão do mundo Amazônia. E ainda tem gente que só se importa com o capital.
Sodac, Saymom Oliveira de Assis Costa (@sodac_01), nasceu em 1993 em Belo Horizonte, é desenhista desde sempre, grafiteiro por amor e revolucionário por necessidade.
PONTO 19
Pausa pra feira
Tá a procura de hortaliças orgânicas pro almoço de amanhã? Pergunte aqui como conseguir.
Plantar e colher à beira do Arrudas, bem no meio da cidade grande, pode significar ter que carregar água muita na bicicleta pra regar a produção.
PONTO 20
Mural Amazônia Passa Aqui – grafite da artista Kawany Tamoyos, a.k.a. Kakaw
Localização: Muro do Tulipas Bar – Rua Tulipa 125, Esplanada
A artista urbana e designer @vulgokakaw foi convidada pelo Projeto para criar este mural.
De origem indigena, sua pesquisa é o encontro entre suas raízes e o urbano, ocupando e decolonizando o tecido da cidade com novas representações, subvertendo estereótipos sobre o feminino e os povos indígenas. Presente em exposições diversas e festivais internacionais de arte urbana, é também coordenadora da Rede Latinoamericana Todas BR e integrante do Comitê Mineiro de Apoio à Causas Indígenas.
PONTO 21
Escadão Agroecológico
Localização: Rua Tulipa, 120 – Esplanada
O Escadão Agroecológico, assim batizado em um café com a comunidade, é uma via de passagem de pedestres transformada por um coletivo num espaço produtivo e também de convivência.
A ideia é dialogar com a cidade sobre as políticas públicas de segurança alimentar e a agricultura urbana, promovendo ações produtivas e educativas (como plantar sementes e mudas, fazer mutirões de limpeza, colocação de contenções…), sempre respeitando e valorizando o conceito da agroecologia.
Segundo relatos de moradores, a área se tornou mais segura depois que foi feita a transformação do local.
É muito importante falarmos da necessidade de incentivo para manutenção de iniciativas como essa (como a disponibilidade de água para irrigação), pois trazem muitos benefícios para seu entorno, transformando vazios urbanos em espaços de convívio, produtividade e lazer.
Veja o mapa do circuito completo, para visualizar apenas o roteiro desejado, clique no ícone
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Circuito Era mar mas virou asfalto
Um percurso que liga duas áreas que um dia foram mar, mas hoje estão tomadas pelos carros. Usufrua desse roteiro que passeia entre obras de arte, florestas urbanas, rios soterrados e muita resistência!
Ponto 01 – Skate Park da Costeira
[Categoria: Pontos Culturais]
Endereço: Av. Jorge Lacerda, 1244 – Carianos, Florianópolis – SC, 88047-010
O circuito começa no bairro Costeira do Pirajubaé, um bairro tradicional de Florianópolis, que tem vista para o mar e sofreu uma grande alteração com a chegada de aterros para a criação de novas vias.
O primeiro aterro foi feito em 1956 e gerou a Av. Jorge Lacerda. Porém, em 1996, foi dado início à obra de aterramento para a criação da Via Expressa Sul, muito mais expressiva que o anterior. O aterro trouxe uma imensa mudança visual e de hábitos para o bairro. A pesca de subsistência, antes muito comum, tornou-se praticamente inviável com o quase desaparecimento do berbigão e do camarão com a chegada da obra. Antes da obra da nova via expressa, o mar era o principal vizinho de quem morava na região. Inclusive, era comum que em períodos de cheias o trânsito fluísse lento, pois parte do mar tomava as pistas e calçadas.
A Costeira também abriga mangues e parte da RESEX, a primeira reserva extrativista marinha do Brasil – uma unidade de conservação brasileira de uso sustentável da natureza localizada na Baía Sul da Ilha de Santa Catarina. A demanda para a criação da reserva veio, justamente, dos pescadores locais, que já notavam a degradação do seu meio de sobrevivência, o mar.
Por sua vez, a pista de skate, um complexo de quatro mil metros quadrados, é a maior do Sul do País. A obra nasceu de uma sugestão da comunidade e possui uma área de 1,4 mil metros quadrados. A estrutura da pista tem um formato bowl – um tipo de piscina com fundo abaulado, quase uma tigela (que é, aliás, a tradução literal de bowl) – o flow e uma área de street, onde os esportistas utilizam o mobiliário urbano (como bancos, corrimãos e escadas) para executar suas manobras radicais.
Viva e com alta frequência de pessoas, a pista já deu frutos que vão além do espaço público de lazer e prática de esportes. Isso porque o skate passou a ser um esporte olímpico e o Brasil teve atletas de Florianópolis que trouxeram bons resultados para o país.
Ponto 02 – Servidão Estimoarte
[Categoria: Natureza Urbana]
Endereço: Servidão Estimoarte – Costeira do Pirajubaé, Florianópolis – SC, 88047-128
A Servidão Estimoarte é uma pequena ruela que termina em um trapiche que é um verdadeiro ‘portal’ para a sentir a importância da RESEX. O trapiche passa por um ambiente que, apesar de não ser legalmente dentro da reserva, fica muito próximo. Suas características também são similares às da reserva, permitindo esse encontro dos participantes do circuito com esse ecossistema.
A travessia está localizada na chamada ‘área central’ do bairro. Ao passar pela estrutura de barreira, é possível reconhecer os banhados (áreas de transição entre a restinga e o manguezal) que sofrem constantes alagamentos, tanto da água doce dos rios e chuvas, quanto da água salgada do mar.
Essas áreas possuem uma importante função ecológica chamada regulação hídrica. Nos eventos de grandes chuvas, os banhados absorvem o excesso de água, abrandando a velocidade de escoamento para o Rio Tavares e evitam os alagamentos nas áreas urbanas próximas. Em épocas de seca, por constituir um ecossistema com alta capacidade de retenção de água, semelhante a uma grande esponja reservatória hídrica, o banhado vai liberando água aos poucos, evitando a total seca do rio ligado a ele.
Há também a flora local, em que há três principais espécies arbóreas que compõem um manguezal: o mangue-branco (Laguncularia racemosa), o mangue-preto ou canoé (Avicennia schaueriana) e o mangue-vermelho ou sapateiro (Rhizophora mangle). Há ainda áreas ao longo do manguezal com concentração do capim-marinho (Spartina alterniflora) e diversos banhados com inúmeras outras espécies vegetais, além de microorganismos.
A fauna da área da RESEX conta com berbigão, inúmeras espécies de moluscos, caranguejos, diversos invertebrados aquáticos, além de grande variedade de peixes. Essa grande riqueza da fauna aquática propicia a vida de pequenos mamíferos que vivem e se alimentam no mangue e favorecem muito as aves. Essas, que são as mais facilmente observadas ao longo de todo o manguezal, são compostas por 180 espécies, sendo as garças, socós, tapicurus, colhereiros e biguás, as mais numerosas.
Mas vale ressaltar que, apesar da oportunidade de imersão nesse ecossistema ao passar pela passarela, o intenso processo de urbanização em Florianópolis provoca impactos ambientais que vêm colocando em risco tanto o modo de vida tradicional quanto os ambientes naturais. Assim, o papel da RESEX Pirajubaé na conservação do manguezal é fundamental para assegurar a biodiversidade e o modo de vida dos pescadores da região.
Ponto 03 – Trapiche da Praia da Costeira do Pirajubaé
[Categoria: Natureza Urbana]
Endereço: Praia da Costeira do Pirajubaé, Centro, Florianópolis – SC.
A Costeira do Pirajubaé é um bairro no Sul da Capital catarinense, e dos mais antigos e tradicionais, que evoluiu de setor agrícola para área residencial de classe média B e C. Virgílio Várzea dedica a ela capítulo especial no seu livro, Santa Catarina – A Ilha, de 1900.
A atividade pesqueira foi, e ainda é, muito desenvolvida para a coleta do berbigão e captura de camarão “miúdo”. Outras variedades como camarão branco de médio porte, e também, de peixes, são capturadas na área. As canoas e ranchos de pesca aparecem ao longo de toda a praia. Como é passagem obrigatória para quem demanda o Sul da Ilha, surgiu ao longo da Avenida Jorge Lacerda um expressivo comércio de mercadorias voltado para a alimentação, tendo o pescado como principal produto.
Esta praia apresenta como limites, ao Norte, o riacho Jacques e, ao sul, a foz do Rio Tavares. É uma praia com fundo argiloso lodacento – e possui algumas áreas cobertas com areia fina decorrente do aterro hidráulico, razão pela qual a nova praia poderá oferecer melhores condições tanto para a pesca como para o lazer.
Nesse trapiche é possível acompanhar os pescadores artesanais exercendo seu trabalho, bem como contemplar uma paisagem de tirar o fôlego.
Ponto 04 – Quadrado – Pomar dos Ciclistas
[Categoria: Natureza Urbana]
[Categoria: Pontos Culturais]
Endereço: Rua Jornalista Tito Carvalho, 155 Florença 108 – Carvoeira, Florianópolis – SC, 88040-480
O Quadrado faz parte de uma ação da sociedade civil que busca trazer mais vida e usos para o espaço entre a pista para automotores e a ciclovia da Baía Sul. Com atividades recorrentes e voluntárias, são feitos diversos movimentos que convidam os ciclistas e/ou moradores a participarem ativamente da região. O espaço conta com horta comunitária, mobiliário urbano e até mesmo uma pista de MTB.
Ponto 05 – Reivindicação pelo Ponto de Cultura e Casa de Passagem Indígena Goj Ty Sá
[Categoria: Pontos Culturais]
Endereço: Ciclovia Baía Sul – próximo a Praia do Saco dos Limões
Momento para conscientizar quem está participando do circuito sobre a situação precária dos indígenas que utilizam um terminal de ônibus desativado, chamado TISAC, como uma espécie de moradia provisória. Há anos, comunidades indígenas clamam por uma casa de passagem, que permita que eles se acomodem enquanto estão na cidade. Vir para Florianópolis, principalmente durante o verão, é uma oportunidade para vender artesanatos e, com isso, levantar fundos para a sobrevivência de dezenas de famílias.
A construção do espaço já foi aceita legalmente. Entretanto, o processo judicial vem sendo atrapalhado pelos constantes recursos do Município, que adia há anos o cumprimento de suas obrigações.
Ponto 06 – Saída da ciclovia Baía Sul
[Categoria: Natureza Urbana]
Endereço: R. Jerônimo José Dias, 714 – Saco dos Limões, Florianópolis – SC, 88045-100
Nesse ponto, os participantes deixam a ciclovia da Baía Sul e passam a percorrer o bairro José Mendes, que possui pouco trânsito de motorizados, que preferem utilizar o túnel e, ainda, oferece uma belíssima vista para o mar. Essa região sofreu menos alterações em seu litoral e conta com um caminho sinuoso e elegante.
Ponto 07 – Acesso à Praia do Curtume
[Categoria: Natureza Urbana]
Endereço: Servidão José Maria Da Luz, 482 – José Mendes, Florianópolis – SC, 88021-000
A Praia do Curtume é uma praia de baía, águas mansas, areia média e amarelada, com poucos cascalhos. Possui um pequeno acesso ao público, entrando em um recuo que dá acesso a um deck, onde os convidados farão uma pequena pausa.
A praia recebe este nome por ter possuído uma fábrica de curtimento de couros de boi e de cavalos entre 1870 e 1920. Após 1920, até os anos sessenta, a área era ocupada por um depósito de barris de gasolina, querosene e óleo combustível da Texaco para distribuição local. Atualmente, conta com diversos moradores, especialmente pescadores.
Ponto 08 – Mirante do Hospital de Caridade
[Categoria: Edifícios Históricos]
[Categoria: Natureza Urbana]
Endereço: Próximo a R. Menino Deus – Centro, Florianópolis – SC, 88020-210
O Imperial Hospital de Caridade (IHC) foi inaugurado em 1º de janeiro de 1789, por isso é considerado o primeiro hospital de Santa Catarina. Na época, era uma pequena construção ao lado da Capela Menino Deus.
O estacionamento do hospital é uma espécie de mirante, em que se pode observar boa parte do Centro da cidade e, atrás do hospital, há uma valiosa mata atlântica em avançado estágio de regeneração e conservação.
“Esta mata é o purificador de ar e o regulador de chuvas da área central. É a moldura natural da cidade, o elo entre o que sobra da natureza original e a urbanidade. Contamos com os moradores para preservá-la, é importante manter a comunidade ao nosso lado”, diz Ingo Jordan, engenheiro agrônomo que defende a preservação da mata como corredor ecológico urbano, integrado a outras áreas florestadas contíguas do Centro, públicas ou privadas.
A mata apresenta relevante interesse pela sua biodiversidade e por localizar-se em APP com alta declividade e abrigar diversas nascentes. Além da sua importância no presente e no futuro, a área também teve grande relevância no passado. Durante mais de século, a mata forneceu insumos para manutenção dos serviços do Hospital de Caridade, como lenha para suas caldeiras e fogões. Lá também eram produzidos alimentos para pacientes e funcionários, como hortaliças, frutas, café, leite, suínos, além da pureza do ar e da vista privilegiada.
Ponto 09 – Murais – Rancho de amor à ilha – Rodrigo de Haro – Arte Urbana
[Categoria: Arte Urbana]
Endereço: Largo da Alfândega, 142-842 – Centro, Florianópolis – SC, 88010-400
Em 2013, Rodrigo produziu dois painéis para enfeitar as paredes da agência “Zininho” da Caixa Econômica Federal, que fica ao lado da Praça XV. Um deles traz a imagem do poeta Zininho regendo a cidade frente à sua mais popular criação, o Rancho de Amor à Ilha, que se tornou o hino de Florianópolis. O outro mosaico, no lado do Largo da Alfândega, faz uma homenagem à musicalidade da cidade, com personagens curtindo o Carnaval.
Ponto 10 – Chegada ao Largo da Alfândega
[Categoria: Edifícios Históricos]
Endereço: Largo da Alfândega, 142-842 – Centro, Florianópolis – SC, 88010-400
Até a década de 1970, o prédio da Alfândega estava localizado à beira-mar. Com a construção do aterro da Baía Sul, a frente do edifício ganhou uma grande área, da Praça Fernando Machado até o Mercado Público, que foi transformada em praça, o chamado Largo da Alfândega.
O lugar é um ponto de encontro da população local e dos inúmeros turistas que por ali passam diariamente. Costumeiramente é palco para apresentações artísticas e populares. O espaço também acomoda bares, cafés, venda de artesanatos e feiras diárias
Em 2020, o Largo da Alfândega foi totalmente revitalizado. Agora conta com decks, calçamento, acessibilidade e paisagismo, além de espelhos d’água, que demarcam até onde ia o mar naquela área antes do aterro. Uma grande cobertura metálica reproduz o formato das rendas de bilro, tradição herdada dos imigrantes açorianos que colonizaram a Ilha de Santa Catarina. Aos finais de semana, especialmente aos domingos, quando há menos pessoas circulando, é comum que o largo seja tomado por skatistas. Os esportistas aproveitam o calçamento novo e o mobiliário urbano para treinar suas manobras. O edifício de feições neoclássicas e as palmeiras que ficam próximas da Alfândega se tornam, com frequência, cenário de produções fotográficas e vídeos.
O prédio da Alfândega é tombado pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro desde 1975. No entanto, boa parte de como era a vida décadas atrás ficou restrita aos livros de história, uma vez que os aterros descaracterizaram bastante a região.
Apesar da revitalização ter colaborado com a melhora da região, o seu uso é bastante restrito durante as noites. Isso ocorre por diversos fatores, como falta de infraestrutura para atender o público fora do horário comercial, iluminação precária e questões de segurança.
Ponto 11 – Mercado Público
[Categoria: Edifícios Históricos]
Endereço: R. Deodoro, 362 – Centro, Florianópolis – SC, 88010-400
O Mercado Público Municipal de Florianópolis é um centro de comércio e edifício público histórico de Florianópolis. O prédio é composto de duas alas – norte e sul – separadas por um vão central. No local acontece um variado comércio, principalmente de vestuário, alimentos, utensílios diversos e artesanato. Além disso, é um importante ponto de encontro e lazer da cidade, tanto para moradores quanto para turistas.
Ponto 12 – Igreja São Francisco
[Categoria: Edifícios Históricos]
Endereço: R. Deodoro, 135 – Centro, Florianópolis – SC, 88010-020
A Igreja São Francisco é a igreja mais antiga das confrarias religiosas criadas em Florianópolis. Mantém ainda grande parte da sua arquitetura original de estilo barroco e neoclássico.
Também conhecida como igreja da Deodoro, nome da rua em que está localizada, é uma das igrejas mais frequentadas da cidade. Esse fluxo de pessoas também faz com que a frente da igreja seja, há anos, um pouco de parada para os indígenas venderem seus artesanatos.
Ponto 13 – Painel Antonieta de Barros
[Categoria: Arte Urbana]
Endereço: R. Deodoro, 180 – Centro, Florianópolis – SC, 88010-020
Antonieta de Barros foi uma jornalista, professora e política brasileira. Foi uma das primeiras mulheres eleitas no Brasil e a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular, tendo sido pioneira e inspiração para o movimento negro, apesar de um grande apagamento de sua história, que vem sendo retomada aos poucos.
Uma dessas ações para reconhecer a importância de Antonieta está na criação de um painel de 32 metros de altura. Localizado entre as ruas Tenente Silveira e Deodoro, o mural foi feito pelos artistas Thiago Valdi, Tuane Ferreira e Monique Cavalcante e presta homenagem à figura ilustre e é parte do circuito cultural de Floripa.
Ponto 14- Painel Franklin Cascaes
[Categoria: Arte Urbana]
Endereço: R. Deodoro, 265 – Centro, Florianópolis – SC, 88010-020
Seguindo adiante, na fachada do mesmo edifício, temos o primeiro painel que homenageia Franklin Cascaes. A obra é de autoria do artista grafiteiro Thiago Valdi. Franklin Joaquim Cascaes foi um pesquisador da cultura açoriana, folclorista, ceramista, antropólogo, gravurista e escritor.
Dedicou sua vida ao estudo da cultura açoriana na Ilha de Santa Catarina e região, incluindo aspectos folclóricos, culturais, suas lendas e superstições. Usou uma linguagem fonética para retratar a fala do povo no cotidiano.
Ponto 15 – Igreja Nossa Senhora do Rosário
[Categoria: Edifícios Históricos]
Endereço: R. Mal. Guilherme, 60 – Centro, Florianópolis – SC, 88015-000
A Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito ou ainda Igreja da Escadaria é uma igreja católica. As igrejas devotadas à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito geralmente indicam que no passado eram templos em que os negros frequentavam tendo em vista a segregação racial.
A igreja foi erguida pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que era composta por pessoas escravizadas, ex-escravos e alguns brancos humildes e foi fundada por volta de 1750. Sua edificação foi feita por pessoas escravizadas. Com estilo barroco, seu interior é simples e acomoda imagens e alfaias.
A partir de suas escadarias, em 1847, Victor Meirelles pintou a obra “Uma Visão de Nossa Senhora do Desterro”, que retrata um panorama da cidade. Na tela, é possível observar casas, a paisagem local e também a Igreja São Francisco (Ponto 12 do circuito) e a atual Catedral de Florianópolis. A obra se encontra no Museu Victor Meirelles (Ponto 18), que possui entrada gratuita.
Essa parada faz um convite para que as pessoas que estão participando do percurso admirem o mesmo ponto de vista que o consagrado artista teve. E também que possam entender, por meio da obra, como era a cidade na época e, claro, confrontar com a vista que se tem hoje do mesmo local.
Ponto 16 – Palácio Cruz e Souza – Arte Urbana – Edificação Histórica
[Categoria: Edifícios Históricos]
[Categoria: Arte Urbana]
Endereço: Praça XV de Novembro, 227 – Centro, Florianópolis – SC, 88010-400
O Palácio Cruz e Sousa, antigo Palácio Rosado, é a sede do Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) desde 1986. Fica na Praça XV de Novembro, é tombado desde 1984 e já foi também o Palácio do Governo do Estado. Em 1979, passou a ser denominado Palácio Cruz e Sousa, em homenagem ao grande poeta catarinense Cruz e Sousa.
Cruz e Sousa também está retratado em um grande mural que fica na empena do edifício vizinho ao palácio. O mural foi feito pelo já consagrado artista grafiteiro Rodrigo Rizo e, além de representar o poeta, também tem um cisne, pelo fato do escritor ter a alcunha de de Dante Negro ou Cisne Negro. Cruz e Souza foi um dos principais representantes do simbolismo no Brasil.
Ponto 17 – Mosaico do Hassis – Arte Urbana
[Categoria: Arte Urbana]
Endereço: Endereço: Praça XV de Novembro – Centro, Florianópolis – SC, 88010-400
Já na Praça XV, localizada no lado oposto do Palácio Cruz e Souza, os participantes serão convidados a contemplar os mosaicos criados pelo artista Hassis. O mosaico é feito com as chamadas “pedras portuguesas” – denominação genérica das rochas de calcário (brancas) e basalto (negras e vermelhas). Esse tipo de mosaico, também conhecido por “petit pavê”, se espalha por toda a praça, somando um total de 47 painéis.
Em 1965, Hassis, um dos artistas mais importantes da ilha, foi chamado para elaborar esse trabalho, uma vez que sua carreira foi marcada por desenhos e pinturas ligados ao folclore ilhéu. E, como não poderia deixar de ser, foi este o tema que escolheu para a Praça XV.
Hassis percebeu, pelas características das pedras, que o mosaico de calçada exigia um outro tipo de desenho, preferencialmente sem linhas finas. O artista buscou inspiração nos temas da vida cotidiana de Florianópolis, elaborando desenhos que retratam brincadeiras infantis (empinar pipa, pular corda, soltar balões), os folguedos, as profissões tradicionais e o artesanato local.
Ponto 18 – Museu Victor Meirelles
[Categoria: Edifícios Históricos]
[Categoria: Pontos Culturais]
Endereço: R. Victor Meirelles, 59 – Centro, Florianópolis – SC, 88010-440
O Museu Victor Meirelles está instalado desde 1952 na casa onde o artista, que dá nome ao espaço, nasceu. Ao longo dos mais de 55 anos de existência, o Museu Victor Meirelles foi construindo sua história e sua identidade.
O Museu hoje engloba não só o espaço das coleções e da casa do artista – patrimônio histórico – mas um espaço cultural de abordagem contemporânea, com uma constante agenda cultural sem perder de vista a preservação do acervo e do edifício com princípios técnico-científicos atuais da museografia, museologia e da conservação preventiva.
Ponto 19 – Escola Antonieta de Barros
[Categoria: Edifícios Históricos]
[Categoria: Pontos Culturais]
Endereço: Próximo a R. Victor Meirelles, 112 – Centro, Florianópolis – SC, 88010-440
Desde 2008, o prédio da Escola Antonieta de Barros está desocupado. A estrutura, que é patrimônio histórico do Centro da Capital, deveria estar sendo revitalizada, mas por enquanto não há nem sinal de obra.
Construído na década de 1940, o prédio abrigou o Colégio Dias Velho. Em 1952, passou a se chamar Escola Antonieta de Barros como homenagem à jornalista, professora e a primeira deputada negra eleita no Brasil.
O edifício foi doado em 2019 para a Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), para ser utilizado pelo MESC (Museu da Escola Catarinense), que fica bem ao lado da escola.
A lei que autorizou a doação determina que o local tenha atividades educacionais e culturais, voltadas à comunidade, qualificação e formação de professores, além de um centro de memória e preservação da cultura negra.
Anos atrás, comerciantes da rua Victor Meirelles se uniram e convidaram artistas a se manifestarem criando artes nas paredes da edificação abandonada. O evento teve tom de festa, mas visava chamar atenção para o descuido com o espaço e, por consequência, com a região.
Recentemente, a prefeitura solicitou a doação do prédio. “A ideia é fazer um centro cultural para inclusão de jovens, com foco na cultura negra e resgate da história de Antonieta de Barros. Queremos levar para lá a sede da Fundação Franklin Cascaes, para nos inserirmos culturalmente cada vez mais no centro leste”, afirmou Topázio, prefeito da cidade.
Ponto 20 – Arte, cultura e resistência LGBT na rua Victor Meirelles
[Categoria: Pontos Culturais]
Endereço: Próximo a R. Victor Meirelles, 170 – Centro, Florianópolis – SC, 88010-440
Localizada no chamado “Centro Leste”, a rua Victor Meirelles, há décadas, sofre com o abandono. A região, que já foi uma das mais movimentadas da cidade, perdeu boa parte do seu brilho com a mudança do terminal de ônibus para outra área do centro.
Repleto de edificações históricas, charmosas ruas de paralelepípedos e centros culturais, o Centro Leste resiste com dificuldades. Como contraponto a todo o esquecimento do poder público e aproveitando os aluguéis mais baixos, comerciantes começaram a devolver a vida à região e criaram estabelecimentos diversos, inclusivos e criativos.
Graças a esse movimento de resistência, a rua Victor Meirelles passou a ser o coração pulsante da região. Repleta de bares e restaurantes, a rua passou a ter suas estreitas calçadas e via tomadas por pessoas. O local, que antes era esquecido, hoje abriga exposições artísticas, rodas de samba, shows e muito mais.
Todo esse sucesso, no entanto, também é motivo de represálias. A região acumula inúmeras denúncias de violências policiais, bem como constantes imbróglios entre os comerciantes e moradores da região. Outra questão que gera problemas é a falta de segurança e dois prédios públicos em estado de abandono completo: o do Procon e da Escola Antonieta de Barros.
Políticas estão sendo constantemente discutidas entre os poderes públicos, moradores e comerciantes. Apesar das dificuldades, a conquista de trazer as pessoas para ocuparem a rua, sem dúvidas, já é um legado e, se depender dos entusiastas da rua, a situação só tende a melhorar.
Ponto 21 – Retorno para a ciclovia Hercílio Luz – Aqui poderia ser [é] um rio
[Categoria: Natureza Urbana]
Endereço: Avenida Hercílio Luz – Centro, Florianópolis – SC, 88020-001
A ciclovia da Av. Hercílio Luz é um dos pontos altos do circuito, tanto pela sua história quanto pelo seu presente. Ao longo da avenida, uma das principais da cidade, há uma ciclovia e um calçadão central, que são uma artéria pulsante de pessoas caminhando, pedalando, se exercitando ou usando o espaço como lazer.
Porém, a via também mudou profundamente ao longo dos anos. Esse espaço, que hoje é destinado ao asfalto, mas também ao lazer e ao transporte ativo, esconde um dos principais rios do Centro de Florianópolis, o Rio da Bulha, que hoje se encontra canalizado.
Primeiramente era conhecido como rio da Fonte, logo depois recebeu o nome de Rio da Bulha. Ele foi canalizado durante o governo Hercílio Luz – que dá nome à avenida atualmente – em 1920. É o mais extenso rio oriundo da região do maciço do Morro da Cruz e recebe contribuições de diversos riachos que brotam dessa região.
O rio, que em algumas partes, fornecia água para as lavadeiras das região, noutras recebia dejetos vindos de todos os cantos do centro da cidade que eram carregados, principalmente, por pessoas escravizadas. Por se tratar de uma região povoada por pessoas mais humildes, não havia grandes cuidados com a manutenção do espaço.
Porém, o cheiro desagradável gerado pelo acúmulo de dejetos, principalmente nas épocas mais secas do ano, fez com que o governador criasse o canal. A obra, que visava higienizar a região, também foi um marco de gentrificação. Pois a promoção da limpeza mostrou-se ser não só física, mas também social.
Afinal, era por ali que lavadeiras, as amas-secas, as amas-de-leite e as parteiras geralmente se encontravam, trabalhavam e viviam. As amas, na época, transitavam entre o hospital de Caridade (ponto 08 do circuito) e as suas próprias casas, levando consigo seus saberes próprios em relação ao corpo e às crianças. Elas geralmente também eram benzedeiras, possuíam saberes de matrizes culturais populares que faziam parte da rede de saberes das mulheres, passados de geração a geração e garantindo a sobrevivência de muitas mulheres no contexto.
Com a chegada da canalização do rio, essas pessoas acabaram expulsas de onde moravam, pois agora o local deixou de ser exclusivo dos mais vulneráveis.
Décadas depois, com a mudança do terminal de ônibus e o descaso do poder público com a região, a área se tornou pouco movimentada, principalmente durante as noites e na parte mais próxima do Centro Histórico. Foi só anos mais tarde que a avenida recebeu uma nova intervenção, agora contando com gramados, ciclovias e calçadas largas.
Com isso, pequenos comércios começaram a abrir ao longo de toda a via. As mesas foram colocadas nos canais agora fechados e, aos poucos, a avenida foi se transformando em um espaço de caminhadas, pedaladas e lazer.
A avenida também conta com inúmeras árvores, muitas plantadas pelos próprios moradores e comerciantes da região, formando corredores frescos e sombreados, que dão conforto térmico e sonoro para quem ali transita. É fácil perceber o quanto essas simples árvores tornam o espaço mais agradável para todos.
Para o futuro, ainda há muito pelo o que lutar. Desde a redução da velocidade da via, até a ampliação da largura das calçadas, que já se tornaram estreitas e insuficientes para acomodar a quantidade de pessoas que usufruem da avenida.
A própria Polícia Militar reconhece que a chegada das pessoas, a pé ou de bicicleta, para usarem o espaço nos mais diversos horários, transformou não só a avenida, como toda a região. O que antes era um local de inúmeros incidentes e chamadas, hoje é tido como um local de confraternização e festa, além de um destino turístico.
Como em outras partes do centro leste, ainda há inúmeros conflitos entre os comerciantes, moradores e o poder público, mas cada vez mais articulações entre os interesses são feitas e, ao que tudo indica, a Avenida Hercílio Luz, ainda que canalizada, seguirá oferecendo muito a quem frequenta a região, seja a passeio, trabalho ou estudo.
Ponto 22 – Mural Rodrigo de Haro – A festa – Arte Urbana
[Categoria: Arte Urbana]
Endereço: Av. Hercílio Luz, 626 – Centro, Florianópolis – SC, 88020-000
‘A Festa’ é um mosaico de 3,8 metros de largura por 17 metros de comprimento que estampa a parede externa do tradicional clube. A cerâmica utilizada tem o predomínio das cores branco e vermelho, com os dizeres na faixa de fundo: “Clube Doze de Agosto” e “Fundado em 1872”.
A obra, de 2010, fez parte da revitalização da memória social e das artes plásticas catarinense, bem como do processo de tombamento do edifício do Clube Doze. O prédio foi projetado em 1950 e construído em linhas modernistas.
Ponto 23 – Mosaico do Hassis – Arte Urbana
[Categoria: Arte Urbana]
Endereço: Praça Olívio Amorim, Av. Hercílio Luz, 1058-1198 – Centro, Florianópolis – SC, 88020-090
Assim como os mosaicos vistos na Praça XV, a praça Pereira Oliveira também conta com mosaicos do artista Hassis, que foram feitos em 1966. Nesse ponto, as obras homenageiam a cultura local, com representações de rendeiras trabalhando na produção da renda de bilro. Há também representações dos próprios bilros, que decoram o piso interno e as calçadas do entorno da praça.
O piso recentemente foi revitalizado, após décadas de descuido e abandono da prefeitura. Entretanto, algumas pedras já estão soltas novamente.
Ponto 24 – Antiga Rodoviária – Final do Trajeto
[Categoria: Edifícios Históricos]
Endereço: Av. Mauro Ramos, 1061 – Centro, Florianópolis – SC, 88020-303
O ponto final do percurso é também o final da Avenida Hercílio Luz. Já no encontro com a Avenida Mauro Ramos, o ponto é conhecido pelos moradores mais antigos da cidade como a “rodoviária velha”.
O espaço, construído em 1959, serviu como rodoviária até 1981, quando a função foi deslocada para o Rita Maria, mais próximo das pontes que dão acesso à ilha.
Atualmente, o imóvel é ocupado por 26 comércios, entre restaurantes, lanchonetes e oficinas mecânicas, além de barbearias, distribuidora de bebidas e lotérica. Também é palco de imbróglios judiciais, com disputas entre os comerciantes atuais dos boxes e a prefeitura.
O fim do trajeto é um local de fácil acesso para se pegar ônibus, ir ao supermercado ou fazer uma refeição. É também um espaço de reflexão sobre o convívio do antigo com o novo, com as disputas entre o que é um bem público e um privado. É, também, um breve debate sobre como maneiras antigas e burocráticas podem, por fim, trazer mais atrasos e poucos avanços para o coletivo.
O circuito, como um todo, é uma oportunidade para conhecer e vivenciar outras facetas da cidade. Principalmente aquelas que, não raramente, estão escondidas em apagamentos sistêmicos e, quase sempre, distanciadas do conhecimento popular. Conhecer, respeitar e preservar não deveriam ser sinônimos de ativismo, mas sim de cidadania. Que o circuito possa, junto a outras tantas iniciativas, trazer luz para assuntos tão importantes para a cidade e para todas as pessoas que aqui vivem, transitam e visitam. Independente de classe social, gênero, orientação, crença, raça ou cor.
Veja o mapa do circuito completo, para visualizar apenas o roteiro desejado, clique no ícone
Você encontra o circuito também no Strava.
O circuito de Florianópolis liga duas áreas que já foram mar um dia, porém hoje são aterros. A cidade, capital do Estado, é uma ilha e apenas uma pequena fração do seu território fica na parte continental. Ao longo das últimas décadas, seu desenho sofreu alterações devido à ação humana, principalmente por meio de aterramentos em sua orla.
Em grande parte, essas modificações ocorreram para acomodar mais tráfego, principalmente de automóveis individuais. Como resultado, Florianópolis, que já possui uma geografia complexa, por se tratar de uma ilha bastante estreita e com elevações no seu centro, sofre constantemente com sua mobilidade urbana prejudicada, lenta e restritiva.
O trajeto, portanto, questiona inicialmente a devoção da cidade às obras feitas com recursos públicos que beneficiam poucas pessoas – aquelas que estão dentro de seus automóveis. E, mesmo para esse modal barulhento e espaçoso de transporte, os polpudos recursos não são suficientes e a experiência de dirigir, como em boa parte dos centros urbanos, torna-se exatamente o oposto do planejado: lento, caro e poluente.
Ainda no âmbito dos aterros, pouco foi feito para conter os imensos danos ambientais que vieram com as novas áreas. O início do trajeto, por exemplo, se dá na Costeira do Pirajubaé, bairro que tem uma privilegiada vista para o mar, mas também é símbolo de ruas pouco humanizadas, moradias que ocupam áreas de preservação e um aterro que transformou por completo a vida da população nativa, que comumente vivia do extrativismo do oceano.
O circuito liga duas áreas que foram aterradas e transformadas pela ação humana e também contorna parte do Maciço do Morro da Cruz (MMC), uma área que divide espaço entre moradias e matas nativas. O MMC também acomodou, historicamente, a população que não era ‘bem-vinda’ no Centro da cidade, que acabou sendo ‘empurrada’ para as encostas dos morros. Hoje, o Maciço conta com 18 comunidades diferentes que, além da bela vista para o mar, vivenciam desigualdades sociais e violências diversas.
Para uma melhor compreensão dos pontos do circuito, o trajeto está dividido em quatro categorias: Natureza Urbana, Arte Urbana, Pontos Culturais e Edifícios Históricos. Há também outros pontos, que servem como guias direcionais, indicando por onde o trajeto dará continuidade.
Somos a Coalizão Clima e Mobilidade Ativa em parceria com o coletivo Cicli – Pedalando pelo Clima e acreditamos que investir na mobilidade urbana sustentável, ativa e coletiva, é o principal caminho para redução de emissões no setor de transportes nas cidades.
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